Uma embarcação da organização não-governamental espanhola Open Arms com 121 migrantes a bordo, há cerca de uma semana no Mediterrâneo central, e que continua à espera de um porto seguro para atracar, pediu ajuda a Espanha, França e Alemanha.
A Open Arms informou esta quinta-feira que enviou cartas aos governos dos três países pedindo que solicitem à Comissão Europeia que encontre uma solução para a sua situação.
O navio está ao largo da ilha italiana de Lampedusa e foi impedido de atracar nos portos de Itália e Malta.
“Reiteramos mais uma vez a urgência de ter um porto seguro onde possamos desembarcar essas pessoas seguindo os acordos internacionais e, especialmente, em referência à declaração de direitos humanos que enfatiza o direito à vida”, disse Anabel Montes, chefe de missão do barco de resgate da Open Arms.
Segundo a Organização Internacional das Migrações (OIM), 39 289 migrantes e refugiados chegaram à Europa através do Mar Mediterrâneo entre 1 de Janeiro e 4 de Agosto de 2019, cerca de 34% menos que em igual período de 2018.
Daquele total, o maior número de pessoas chegou à Grécia (18 947), seguindo-se a Espanha (13 568), Itália (3 950), Malta (1 583) e Chipre (1 241).
No mesmo período, 840 pessoas morreram durante a travessia do Mediterrâneo, segundo a organização.