O ministro das Infraestruturas disse este sábado de madrugada que persiste o desacordo entre a Antram e o sindicato dos motoristas de matérias perigosas, após ter estado reunido durante cerca de 10 horas com os representantes sindicais.
Em consequência da falta de acordo, “a greve continua”, admitiu Pedro Nuno Santos, no final do encontro que terminou às 02 horas deste sábado.
O porta-voz do Sindicato de Motoristas de Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, fez saber que a Antram rejeitou a proposta do sindicato, e que, sendo assim, a greve se mantém.
O ministro disse que na reunião, realizada no Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa, estiveram em cima da mesa as propostas do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram).
A Antram não esteve presente na reunião que decorreu no ministério, mas fez chegar uma proposta para o Governo discutir com o sindicato, segundo Pedro Nuno Santos.
Apesar das tentativas feitas pelo Governo para desbloquear o conflito, “houve propostas de parte a parte, tanto do sindicato como da Antram, que foram respectivamente recusadas”, esclareceu.
O ministro acrescentou também que, apesar de o comunicado que o SNMMP tornou público na sexta-feira prever a suspensão temporária da greve a partir do momento em que a reunião se iniciasse, “não existe a figura de suspensão, nem de suspensão temporária [na lei]”.
Depois de mais um esforço na mediação de “um conflito entre privados”, Pedro Nuno Santos garantiu que o Governo vai continuar a acompanhar a situação, e apelou a que os motoristas, no plenário já anunciado para domingo, optem “pela via negocial”.
Redacção com Rádio Comercial e TSF