Nuno Melo recorreu, esta terça-feira, durante o jantar-comício do CDS em Famalicão, a todas as cartas de que dispunha, não só contra a esquerda, mas também contra Marcelo Rebelo de Sousa e a comunicação social. Assunção Cristas não foi a jogo.
O eurodeputado e líder da distrital de Braga do CDS, depois de afirmar ao meio milhar de militantes e simpatizantes presentes, que o importante “é o centro e a direita terem mais um deputado do que toda a esquerda junta”, usou a primeira carta do baralho ao acusar a esquerda de “existir apenas para destruir todos os valores em que o CDS acredita”.
De seguida, foi a vez de Marcelo Rebelo de Sousa. “Alguém dizia por aí que há uma crise na direita em Portugal. Não há uma crise da direita em Portugal”, disse Nuno Melo, sem nunca referir o nome do Presidente.
“A crise é de imparcialidade politica”, atirou o eurodeputado, que jogava em casa.
A imprensa também esteve no foco de Melo. “A imprensa não é livre quando privilegia. Não é livre quando favorece. Não é livre quando toma partido. E há muita imprensa em Portugal que neste momento, toma partido. E condiciona com isso resultados”, lamentou, alertando que a 6 de Outubro o que está em jogo é igualmente o “ar puro de uma democracia livre e igual para todos” e “o futuro dos nossos filhos”.
A presidente dos centristas deitou ‘água na fervura’, ao optar por uma intervenção que reafirmava o que tem defendido há algumas semanas: “o que está em causa é uma alternativa de centro e de direita para o nosso país, que aposta na liberdade das pessoas, que valoriza a iniciativa privada”.
Assunção Cristas assegurou que o CDS tem propostas que “geram equilíbrios”, que promovem “justiça à vida das pessoas” e que libertam o país da “maior carga fiscal de sempre”.