A distribuição de lugares na Assembleia continua a causar polémica, mais uma vez com André Ventura no centro da discussão. O centrista Telmo Correia, eleito por Braga, deitou mais ‘achas para a fogueira’.
Esta terça-feira, pela voz de Telmo Correia, o CDS manifestou a sua recusa de ter André Ventura, o único eleito do Chega, a atravessar-lhe a bancada, contestando assim a distribuição de lugares na ala mais à direita da Assembleia da República (AR).
Não é só o CDS que tem razões de queixa. O Iniciativa Liberal também não quer o lugar que lhe foi atribuído. O PCP recusou também ter um ‘enclave’ do PS naquela que será a sua bancada. Neste caso, foi encontrada uma solução: os deputados comunistas e socialistas trocam de lugares.
Já quanto ao Chega a solução promete ser mais difícil (e onerosa): a abertura de uma porta para Mário Ventura.
Telmo Correia alega que não há nenhum grupo parlamentar que vá ter um deputado de uma força política diferente no meio dos seus deputados, como será o caso do CDS, lembrando que no acesso à sala, tendo em conta um corrimão existente, Ventura tem de pedir passagem aos centristas.
Das duas propostas de Ferro Rodrigues, presidente da AR, para a distribuição das forças políticas e que colocou à análise dos vários partidos, os centristas contestam ambas.
Todos os partidos reconheceram razão ao CDS, tendo sido o PEV – com o apoio do PCP – a sugerir a abertura de uma porta junto ao corrimão onde se senta o Chega. Ferro admitiu fazer-se tal obra, mas já não a tempo do arranque dos trabalhos.
Complicada está a solução para o Iniciativa Liberal (IL), que se quer sentar entre o PS e o PSD. Mas a bancada laranja só está disponível para ver o deputado do IL encostado ao CDS.
Fernando Gualtieri (CP1200) com JN