O PSOE chegou, esta terça-feira, a acordo com o Unidas Podemos para criar um Governo progressista para a legislatura. Pablo Iglesias será vice-presidente.
O pré-acordo assinado entre o PSOE (socialistas) e o Unidas Podemos (extrema-esquerda) para formar um Governo de coligação progressista prevê dez “eixos prioritários de acção” no futuro “Governo progressista de coligação”.
Pedro Sánchez, líder do PSOE, ao anunciar o acordo, recordou que o que não foi possível no passado, foi alcançado agora com a coligação Unidas Podemos.
O líder do PSOE fala num “governo profundamente progressista”, um “governo sólido e estável” que permite esperança e que vai trabalhar “para o progresso de Espanha”, frisando que se trata de um acordo emocionante.
Também Pablo Iglesias recordou o que havia sido dito na noite eleitoral, que uma “oportunidade histórica se converteu em necessidade histórica”.
O líder do Podemos anunciou um Governo de coligação progressista em Espanha, que pretende lutar pela justiça social e ser uma “vacina” contra a extrema-direita.
Iglesias considera uma “verdadeira honra poder trabalhar no Governo” e promete uma “maioria parlamentar necessária para a investidura e para a legislatura”, em que Espanha vai poder contar com a “experiência do PSOE” e a “coragem do Unidas Podemos”.
DIREITA CRITICA
O presidente do Partido Popular (PP, direita), o maior da oposição em Espanha, considerou “muito preocupante” o pré-acordo assinado entre PSOE e Unidas Podemos, com o qual os socialistas “fecham a porta” a qualquer colaboração.
“Nós vamos estar à altura da situação, mas [Pedro Sánchez] não quis saber de nós, tomou a sua decisão”, lamentou o líder do PP, Pablo Casado, concluindo que “é óbvio que [Sánchez] fecha a porta com estrondo a qualquer colaboração com o PP”.
Por sua vez, o Ciudadanos garantiu que não vai apoiar a coligação entre o PSOE e o Podemos.
O partido adianta que prefere ver uma coligação “moderada e constitucionalista” entre o PSOE e o PP, que inclua um acordo com o Ciudadanos “baseado em acordos de Estados que sejam bons para o país”, lê-se num comunicado.
Também Santiago Abascal reagiu ao acordo no Twitter e acusou o PSOE de “abraçar o comunismo bolivariano aos aliados de um golpe de Estado, a meio de um golpe de Estado”.
O líder do Vox promete responsabilizar o partido de Pedro Sánchez dos danos deste acordo que afectem a “convivência e a ordem social”.
Redacção com TSF