Devido ao défice no Serviço Nacional de Saúde brasileiro, o presidente da Câmara do Rio de Janeiro suspendeu todas as actividades do Tesouro Municipal. Com esta decisão, fica suspensa, até ordem contrária, a realização de todos os pagamentos e demais movimentações financeiras.
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro deu ordem para congelar o pagamento de ordenados e outras movimentações financeiras até que seja ordenado o contrário. A medida foi publicada no Diário Oficial municipal, esta terça-feira, em comunicado.
De acordo com a noticia avançada pela G1, a medida afecta o depósito da segunda parcela do 13.º salário dos trabalhadores, que seria depositado entre esta terça e sexta-feira.
Em nota, a Câmara do Rio informou que a medida tem como objectivo ajustar as finanças do município, em função dos arrestos determinados pela Justiça para pagar aos serviços de Saúde
O Rio de Janeiro vive actualmente uma crise financeira na área da saúde sem precedentes. Na esfera municipal, a carência de profissionais e a falta de recursos é a principal crítica de médicos
A imprensa brasileira relata problemas sérios no sistema nacional de saúde do Brasil. De acordo com os dados da UOL, com base em dados do Portal de Transparência do Sisreg (Sistema de Regulação), existem cerca de 18.825 pacientes com classificação vermelha (a mais grave) a aguardar uma marcação para exames, consultas e até cirurgias. O tempo médio de espera é de mais de 8 meses.
De acordo com o protocolo de atendimento, esses pacientes deveriam aguardar no máximo um mês para a realização dos procedimentos. Porém, existem pacientes à espera de atendimento há anos: a maior espera é de uma pessoa que aguarda consulta em cirurgia vascular para doença venosa desde Agosto de 2015.
Redacção com Jornal Económico