Mais de quatro mil ocorrências – sobretudo inundações e quedas de árvores e estruturas – é o mais balanço, às 21 horas de quinta-feira da Protecção Civil sobre o temporal, que já provocou a morte a duas pessoas. O mau tempo mantém-se esta sexta-feira. No sábado, chega ao Minho outra depressão, o Fabien.
Uma árvore de grande porte caiu esta quinta-feira à tarde sobre um pesado de mercadorias na Estrada Nacional 10, nas Taipadas, Montijo, e causou a morte ao condutor um homem de nacionalidade espanhola, de 50 anos.
Segundo o JN, o camião de transporte de ração, com matrícula espanhola, seguia no sentido Pegões – Infantado, quando um pinheiro na berma do sentido inverso caiu sobre a cabine, esmagando-a por completo.
Em Codeçais, Castro Daire, um homem morreu quando a casa em eu se encontrava ter desabado.
O Norte e o Centro serão no sábado as zonas do país mais afectadas pela depressão Fabien, estando previstos intensos períodos de chuva e fortes rajadas de vento, informou esta quinta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em comunicado, o IPMA explica que os efeitos desta nova depressão irão fazer-se sentir a partir da manhã de sábado, “com períodos de chuva forte nas regiões do Norte e Centro”.
A nota refere ainda que haverá “vento forte de sudoeste”, prevendo-se que as rajadas atinjam valores de 90 quilómetros por hora no litoral norte e centro e 120 quilómetros por hora nas terras altas.
“A agitação marítima associada ao Fabien irá também fazer-se sentir na costa ocidental, em especial no litoral norte”, acrescenta a nota.
Contudo, prevê-se que os efeitos da depressão Fabien não apresentem em Portugal continental a mesma intensidade do que os da tempestade Elsa, “em particular em termos de vento e com mais significado em termos de precipitação”.
“Prevê-se que a agitação marítima seja mais forte no litoral norte do que a que foi gerada pela depressão Elsa, sendo menos forte no restante litoral oeste e com impacto reduzido no litoral sul”, indica o IPMA.