A eurodeputada socialista Isabel Carvalhais defendeu, esta sexta-feira, no plenário do Parlamento Europeu medidas agro-ambientais para parar o declínio das abelhas e outras espécies polinizadoras.
“O papel das medidas agro-ambientais no âmbito do desenvolvimento rural, como instrumento importante na promoção da biodiversidade agrícola e na conservação e criação de habitats favoráveis ao desenvolvimento dos polinizadores” afirmou em Estrasburgo,
Isabel Carvalhais considera essencial “garantir que na próxima Política Agrícola Comum (PAC) as intervenções do desenvolvimento rural sejam dotadas dos recursos necessários para alcançar estes objectivos”.
A eurodeputada enfatiza que “importa reforçar a investigação e a formação nesta área, monitorizando as populações de polinizadores, identificando as intervenções mais eficazes, promovendo o desenvolvimento de soluções produtivas, ou seja, soluções que protejam as populações de polinizadores, que protejam as plantas, e que atendam simultaneamente às necessidades de produção dos agricultores”.
Parar o declínio das abelhas e outros polinizadores de insectos na UE é algo que está nos horizontes do PE, tendo suscitado um amplo debate esta semana, com a maioria dos eurodeputados a defender mais medidas para proteger a diversidade das espécies, cujo declínio ameaça os ecossistemas e as economias. Com as populações de polinizadores em declínio um pouco por todo o mundo, o PE solicitou à Comissão Europeia que propusesse mais medidas de protecção na Europa.
Em Junho de 2018, a Comissão apresentou a ‘Iniciativa da UE relativa aos Polinizadores’, uma estratégia que propõe medidas para lidar com o declínio. A resolução adoptada pelo PE considera as medidas propostas pela ‘Iniciativa’ como insuficientes para combater as causas do declínio dos polinizadores, como são os casos das alterações climáticas, da agricultura intensiva ou da perda de habitats. Por isso é proposto que a Comissão avalie o impacto das medidas políticas existentes para garantir uma acção da UE mais eficaz e coordenada em resposta ao declínio dos polinizadores selvagens.
Por outro lado, para promover a biodiversidade das plantas e contribuir para a segurança alimentar, a redução de pesticidas deve tornar-se uma prioridade no desenvolvimento da futura PAC da UE, assim como a promoção do desenvolvimento de pesticidas de baixo risco, que sejam inofensivos para os polinizadores.
A fim de colher os dados necessários e obter uma visão completa, os eurodeputados exigem também mais fundos para investigação sobre as causas do declínio, bem como para a monitorização de espécies.