O primeiro centro europeu para testar robots em parques eólicos flutuantes vai ser instalado em Viana do Castelo, avançou esta terça-feira, o consórcio responsável pelo projecto Atlantis. O projecto, com duração prevista de três anos, conta com um investimento global de 8,5 milhões de euros
A instalar no WindFloat Atlantic, o parque eólico flutuante, o Atlantis Test Center vai possibilitar, afirma o consórcio em comunicado, “a validação de soluções robóticas nas condições climatéricas mais extremas do Oceano Atlântico, em especial nos trabalhos de inspecção e manutenção das infra-estruturas eólicas offshore”.
O projecto europeu Atlantis, liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), do Porto, com participação da EDP e apoio de diversos parceiros tecnológicos e académicos de cinco países (Finlândia, Bélgica, Espanha, Itália, França), cria “uma plataforma pioneira na Europa que pretende demonstrar as tecnologias e soluções robóticas que são essenciais à inspecção e manutenção de parques eólicos offshore de todo o mundo”.
“O permitirá quantificar o valor acrescentado de nova tecnologia robótica e acelerar a sua integração no sector da energia eólica marítima. O projecto assenta numa verdadeira simbiose entre as indústrias da energia e da robótica marinha. Este centro de inovação será instalado em Viana do Castelo e terá uma importância estratégica para o roteiro científico da robótica em toda a Europa”, afirma Andry Maykol Pinto, coordenador do projecto e investigador no INESC TEC.
O foco do Atlantis Test Center está na inspecção, manutenção e reparação de infra-estruturas eólicas offshore, onde diversos robots autónomos (sub-aquáticos, de superfície e aéreos) serão desenvolvidos e testados em diversos cenários industriais, como, por exemplo, na inspecção de cabos de amarração, monitorização de estruturas sub-aquáticas ou na limpeza de turbinas.
“A utilização de soluções robóticas neste sector pretende mitigar riscos e diminuir os custos de operação e manutenção dos parques eólicos offshore, nomeadamente em águas profundas, contribuindo também para a redução do custo normalizado de energia”, refere o consórcio.