A Câmara Municipal de Caminha apresentou a candidatura da romaria de S. João d’Arga ao concurso 7 Maravilhas da Cultura Popular, na categoria Procissões e Romarias, anunciou esta segunda-feira a autarquia.
Miguel Alves, presidente da autarquia, afirma que a candidatura tem dois objectivos que “complementares entre si”.
O primeiro “é dar a conhecer a mais singular romaria do Alto Minho, a sua história, as suas tradições, o que significa para as populações de toda a região e o que vale em termos históricos pelo património que alberga e pela natureza que marca todo o local”.
O segundo “é ganhar”. “Esta candidatura quer que Portugal conheça melhor a Serra d’Arga, perceba os tesouros que ainda esconde, mas também quer ser escolhida como uma das 7 Maravilhas da Cultura Popular”, diz.
O autarca de Caminha não tem, por isso, ilusões quanto ao que irá acontecer.
“Preparamos a candidatura com todo o rigor e contamos passar os primeiros níveis de avaliação que são feitos por especialistas. mas a romaria de S. João d’Arga só vencerá se o povo do concelho de Caminha todo se mobilizar na votação popular que se seguirá e se conseguirmos atrair também os votos das gentes do Alto Minho, de todos os concelhos que partilham connosco a Serra d’Arga e de todos os outros que tem esta festa, a sua fé e o som das concertinas no coração”, refere Miguel Alves.
A Câmara avançou também com as candidaturas da Festa de Nossa Senhora da Bonança, em Vila Praia de Âncora, na categoria Festas e Feiras e da Góta da Serra d’Arga na categoria de Música e Sanças. “A ideia desta candidatura é não afunilar a valia do património popular do concelho em apenas uma candidatura de modo a que possam existir mais possibilidades de passar os projectos a fases mais adiantadas dos concursos”, explica.
A data da fundação do Mosteiro de São João é imprecisa e varia consoante as fontes, mas cujas primeiras referências provêm de 1252 através do testemunho dos frades beneditinos que restauraram e ocuparam o edificado.