Em caso de ser decretado de Estado de Emergência muitos profissionais são obrigados a sair de casa para ir trabalhar. Aqui fica uma lista, com base no Expresso,
Médicos, enfermeiros e paramédicos
Mesmo que seja decretado estado de emergência, nesta quarta-feira, estes profissionais seriam obrigados a trabalhar. São dos profissionais em maior risco de contágio, uma vez que lidam diariamente com doentes, seja em situações de socorro e emergência pré-hospitalar, como nos hospitais.
Bombeiros
O executivo aprovou a criação de uma reserva nacional de equipamentos de protecção individual e a dispensa de serviço de bombeiros voluntários para que possam prestar socorro durante a pandemia. Esta última medida extraordinária implica um reforço de cerca de cinco mil profissionais.
Farmacêuticos
As farmácias continuam abertas. “Os portugueses têm de colaborar e, onde não há postigo, por favor cumpram as regras, não se zanguem, nem tratem mal os profissionais”, apelou esta segunda-feira a bastonária da Ordem do sector, Ana Paula Martins.
De acordo com as orientações do Infarmed, as farmácias devem evitar acumular pessoas junto à zona de atendimento ao público.
Dentistas
Até aqui, os dentistas continuavam a trabalhar. No entanto, este domingo, o Governo decretou a suspensão da actividade de medicina dentária, de estomatologia e de odontologia, a não ser para casos “urgentes e inadiáveis”. A medida fica em vigor durante, pelo menos, as próximas duas semanas.
Agricultores
“Os agricultores trabalham no campo e não podem, de maneira nenhuma, fazê-lo de outra forma”, considera Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP). O presidente da CAP reforça: “Não podemos parar de comer, por isso é preciso assegurar toda uma cadeia, que vai desde o abastecimento dos tractores ao acesso à comida para animais, às sementes que vêm do estrangeiro e que vão dar o pão que comemos, o arroz que comemos. Essa cadeia não pode ser interrompida”. “Estamos em guerra. É contra um vírus, mas é uma guerra”, lembra.
Motoristas
No domingo passado, o primeiro-ministro, António Costa, assegurou que o transporte de mercadorias não irá parar, salvaguardando ainda os direitos dos trabalhadores transfronteiriços. A restrição à circulação nas fronteiras diz respeito apenas “à circulação para efeitos de turismo ou de lazer”.
Polícia e forças armadas
Também continuam a trabalhar. No caso dos militares, até podem ver os seus poderes reforçados se for decretado o estado de emergência. É às autoridades de segurança que compete assegurar que se cumprem as normas que saiam de um eventual estado de emergência, sejam elas de condicionamento e interdição de trânsito, de circulação de pessoas ou de controlo nas fronteiras.
O acesso aos tribunais, mesmo que estejam agora fechados e limitados a casos urgentes, é um direito que nunca pode ser retirado aos cidadãos, o que significa que haverá sempre advogados e juízes a trabalhar, mesmo que em menor risco.
Trabalhadores de limpeza, recolha de lixo, serviços de água, luz e gás
Os profissionais dos serviços de limpeza de ruas, de recolha de lixo e de serviços de água, gás e luz continuam a trabalhar, mas com medidas de higiene sanitária adicionais, devido ao risco de contaminação no contacto com pessoas ou com superfícies e objectos.
O mesmo se aplica aos carteiros. “Os carteiros dos CTT vão adoptar procedimentos específicos no exercício das suas funções durante os giros, na interacção com a população e no manuseamento de objectos, para reduzir o risco de contágio”, segundo a empresa.
Domésticas e cuidadores
Quem está obrigado a prestar esses cuidados em casa, sobretudo de idosos (grupo de risco), deve reforçar as medidas de higiene e prevenção. O mesmo para quem presta serviços domésticos em casas de terceiros.
Funcionários de supermercados e lojistas
Profissionais que prestam serviços em caixas de supermercado, cadeias de entrega de comida ou lojas estão também em risco elevado, uma vez que o contacto com o público é constante.
A Uber, empresa de transporte privado e entrega de comida ao domicílio, através do serviço Uber Eats, continua a operar em Portugal. Em contrapartida, já veio dizer que irá compensar financeiramente os funcionários que testem positivo ao novo coronavírus. Também suspendeu a taxa de almoço durante a semana.
Já os centros comerciais, apesar de terem agora horários reduzidos, ainda estão abertos e nas grandes cadeias de hipermercados, quem está na caixa é quem corre maior risco de contágio, apesar de haver controlo de entradas e gel desinfectante para os funcionários, reforço de limpeza de material e equipamento, quer nas lojas, como nos entrepostos.