O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre os serviços de transportes públicos e quer saber que medidas vão ser tomadas para garantir a ligação rodoviária de todos os concelhos do distrito de Braga. Em causa está a redução da oferta e, em vários concelhos, a eliminação de todos os serviços.
No documento entregue na Assembleia da República, o deputado José Maria Cardoso e as deputadas Alexandra Vieira e Isabel Pires, referem que “grande parte do serviço de transportes públicos no distrito de Braga foi suspenso por tempo indeterminado por parte das operadoras privadas que detêm as concessões de prestação de serviço público de transportes rodoviários, por questões de saúde pública”.
“Esta situação levou a que vários concelhos do distrito de Braga ficassem sem qualquer tipo de serviço de transporte neste período, apesar do Decreto do Governo, que regulamenta a aplicação do estado de emergência decretado pelo Presidente da República, determinar a prática de actos que “sejam adequados e indispensáveis para garantir os serviços de mobilidade, bem como a manutenção e funcionamento das infra-estruturas viárias””, afirmam os deputados.
No documento, os deputados bloquistas dão exemplos de serviços suspensos e de concelhos que ficaram sem qualquer oferta neste período.
“A Arriva suspendeu todas as ligações de Guimarães a Braga, de Guimarães à Póvoa de Lanhoso, de Vieira do Minho a Braga e da Póvoa de Lanhoso a Braga. A empresa Transdev suprimiu as ligações de Esposende a Braga, Terras de Bouro a Braga, Celorico de Basto a Braga e Cabeceiras de Basto a Guimarães”.
“O Bloco de Esquerda entende que o serviço de transportes públicos são essenciais para a garantia da mobilidade às pessoas a quem é indispensável o uso deste serviço para trabalhar ou aceder a serviços públicos essenciais, como consultas e tratamentos médicos”, concluem.
Fernando Gualtieri (CP 1200)