Um empresário de Braga, residente em Vila Verde, vai recorrer para a Relação de Guimarães da acusação de ter mantido relações sexuais, sob coação, durante quatro anos com uma filha, maior de idade. Arguido diz que foi alvo de chantagem.
O caso que envolve António B, com residência na freguesia vilaverdense de Lage, e a filha, de 29 anos, tem agora novos desenvolvimentos.
António, ao que apurou a Press Minho, nega ter mantido relações sexuais de qualquer género com filha, nascida de uma relação extra-conjugal que manteve em Barcelos, e que só conheceu o progenitor aos nove anos.
O empresário argumenta que as acusações da filha – a denunciante no processo – ocorrem por motivos de vingança. Segundo António, a acusação resulta de sua recusa em não dar 750 mil euros, que, explica, dois amigos de Vila de Conde, exigiam para silenciar o caso. A alegada tentativa de extorsão está a ser investigada pela PJ bracarense.
António alega ainda que a filha tem problemas mentais e de droga, o que o levou a despedir da firma de Vila Verde por criar problemas com os outros funcionários.
O arguido – que tem a guarda da neta, filha da queixosa, determinada por ordem judicial por esta não ter condições para a educar-, é acusado, de acordo com o despacho instrutório, de obrigar a filha a praticar actos sexuais, de cópula e oral, sob e ameaça de despedimento e de proibição de ver a criança.
Na tentativa de ver a criança, a filha aproximou-se do pai, que, em 2008, lhe deu emprego na empresa com sede em Vila Verde, auferindo 800 euros mensais. Mas no verão de 2009, depois de um convívio com funcionários, o arguido terá convidado a filha a terem relações mais íntimas, ameaçando-a “de que, só lhe permitia ver a filha, neta dele, se ele assim o quisesse”.
Alegadamente, a situação prolongou-se por quatro anos, sempre sob ameaça de que lhe tirava o emprego e que ficaria sem a criança.
FG (CP1200)