Nas últimas 24 horas, morreram em Portugal mais sete pessoas (variação de 0,47%) devido à Covid-19, o que faz aumentar o total de óbitos desde o início da pandemia para 1.492. Já estratégia para Lisboa e Vale do Tejo mudou, passando de testagem em massa para acompanhamento dos casos registados.
De acordo com o boletim epidemiológico desta terça-feira, foram reportadas no último dia mais 421 novas infecções (uma taxa de variação de 1,54%). O total de casos positivos desde o início da pandemia é agora de 35.306.
De salientar que este é o maior aumento de casos no último mês. No dia 8 de Maio, Portugal registou 553 novos casos e, desde então, os valores têm sido inferiores ao registado esta terça-feira
De salientar que dos infectados com a covid-19, 21.339 estão já recuperados e há 30.176 pessoas em vigilância pelas autoridades de saúde.
Quanto à distribuição por regiões, há 16.697 infectados e 809 mortos no Norte, enquanto que no Centro o número de infectados se cifra nos 3.837 e o número de óbitos nos 244.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, há agora 13.608 infectados e 408 mortos. Já no Alentejo, o número de infectados é de 273 e há ainda um óbito a registar. No Algarve, há 389 infectados e 15 mortes.
De salientar que, nos Açores, o número de infectados é de 142 e o de mortes é de 15. Na Madeira, há 90 casos da doença.
LISBOA E VALE DO TEJO
Numa altura em que as preocupações estão centradas em cinco concelhos da área de Lisboa, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou que a estratégia de “testagem massiva” na região, centrada sobretudo em empresas de construção civil e trabalho temporário, vai mudar e passar para “seguimento de casos activos, que estão em vigilância”.
“Esta será, a partir de agora, a nossa estratégia, embora continuemos à procura de novos casos, principalmente de onde poderão vir a surgir novos surtos”, afirmou na conferência diária de apresentação do boletim da DGS.
De 14 mil testes feitos, “estão processados 12.225 com 555 positivos, o que dá uma taxa de 4,53%”, indicou.
No surto verificado nas últimas semanas”na região de Lisboa e Vale do Tejo, a maior parte dos infectados está numa “população jovem, saudável e com doença muito ligeira, que tende a recuperar rapidamente” da covid-19, declarou a directora-geral da Saúde.
“Já testámos, já encontrámos, agora é fase de isolar e acompanhar e é preciso que as pessoas colaborem”, referiu Graça Freitas, indicando que os cinco concelhos da região mais atingidos são Lisboa, Loures, Amadora, Odivelas e Sintra.
Uma das razões que pode explicar o surto é a densidade populacional destes concelhos, referiu, acrescentando que os ajuntamentos levam a maior transmissibilidade do novo coronavírus e “terá sido aqui esta dinâmica”.
Continuam a verificar-se “casos dispersos associados a grandes obras [de construção] e alguns focos mais pequenos no Oeste, associados a empresas de trabalho temporário de apanha da fruta”.
“Há também de vez em quando focos em lares e ligados a múltiplas actividades, mas estão identificados e controlados”, referiu Graça Freitas.
SURTO DE AZAMBUJA
Já o surto de covid-19 na Azambuja está “em fase de resolução”.
“O foco da Azambuja, que já teve um grande impacto e muitos casos activos há duas, três semanas, neste momento é um foco que está em resolução”, afirmou a directora-geral da Saúde.
Graça Freitas considerou que o foco de contágio “tenderá a extinguir-se” e neste momento “não está francamente activo e a gerar novos casos, estão a sair do surto mais pessoas do que as que estão a entrar”.