Os deputados bloquistas José Maria Cardoso e Alexandra Vieira, eleitos pelo circulo de Braga, questionaram o Governo sobre a cobrança de cinco euros a propósito da ‘Protecção de Covid-19 – ambulatório’ praticada pelo Grupo Trofa Saúde.
Relatando que o Hospital Trofa Saúde, em Vila Nova de Famalicão, “está a cobrar aos/às utentes pela protecção para a Covid-19”, os parlamentares do Bloco de Esquerda, contam que um utente, que “levou a sua própria máscara e gel desinfectante de casa”, questionou “a instituição sobre o porquê desta cobrança, tendo-lhe sido referido que a cobrança era para assegurar a higienização do espaço de atendimento”.
Para os deputados, “é incompreensível que as instituições privadas de saúde possam usar e abusar desta forma dos utentes que recorrem aos seus serviços, pelo que é necessário que estas situações sejam clarificadas e regulamentadas de modo a que o abuso não prevaleça sobre o bom senso”.
Os bloquistas querem, por isso, que o Ministério da Saúde esclareça se “considera legítimo” que as instituições privadas de saúde cobrem pela higienização do espaço utilizado para atendimento e que indique que medidas vão ser implementadas para proteger os/as utentes face aos abusos das instituições privadas de saúde”.
A cobrança de ‘Protecção de Covid-19 – ambulatório’ não é uma pratica exclusiva da unidade de Famalicão mas em todas que aquele grupo detém, como sucede no Hospital Trofa Braga Sul e Trofa Saúde Braga Centro, e é praticado também por outros grupos de saúde instalados em Portugal, o que leva o Bloco a exigir medidas para “travar abusos das instituições privadas”.
O BE recorda que o Grupo Trofa Saúde Hospital é constituído por diversas instituições hospitalares privadas e que a unidade de Famalicão “fechou portas em plena pandemia” causada pela covid-19, situação que motivou igualmente uma pergunta ao Governo.
Fernando Gualtieri (CP 1200)