A Direcção-Geral da Saúde (DGS) explica, este sábado, em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, como funciona o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), que contabiliza os casos do novo coronavírus existentes no nosso país. A autoridade para a Saúde recorda ainda que é “responsável pela vigilância epidemiológica em Portugal, o que inclui a vigilância da Covid-19 desde os primeiros casos em Wuhan na China”.
A DGS começa por sublinhar que o SINAVE, “que é utilizado para contabilizar os casos de Covid-19, depende da notificação atempada pelos médicos e laboratórios que identificam os casos em todo o território nacional”.
De seguida, na mesma nota, revela o seu modo de ‘funcionamento’: “As notificações recebidas são analisadas diariamente para garantir a validade dos dados de modo a suportar as intervenções em Saúde Pública”.
Acrescenta-se ainda que “todos os dias existe um processamento dos dados no sentido de agregar os dados clínicos e laboratoriais à mesma pessoa, confirmar o estado de doente Covid-19 e identificar duplicados”.
Posteriormente, “estes dados são ainda sujeitos a um controlo de qualidade antes da publicação do relatório de situação epidemiológica”, pode ainda ler-se.
A DGS frisa também que se tem “pautado por uma relação de rigor e transparência nos relatórios diários, comunicações, conferências e entrevistas” e que “continua a apostar na inovação e sustentabilidade dos seus sistemas de informação e análise para fazer frente aos desafios das emergências de Saúde Pública”.
Recorde-se que, na sexta-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, revelou, durante a conferência de imprensa de actualização sobre a evolução da pandemia no país, que 200 casos confirmados na região de Lisboa e Vale do Tejo se deviam à inclusão no boletim de dados não reportados, por um laboratório, nos últimos dias.
Entretanto, este sábado, o jornal Expresso noticiou que vários profissionais de saúde e elementos das autoridades no terreno têm apontado discrepâncias nos boletins epidemiológicos diários, garantindo que há surtos que não estão a ser contabilizados nas estatísticas da DGS.