A Hungria vai interditar na terça-feira o acesso a residentes em países africanos, na maior parte dos países asiáticos e em alguns estados europeus, entre medidas que afectam também Portugal, anunciou este domingo o Governo, invocando o agravamento mundial da pandemia.
A partir de terça-feira à meia-noite, Budapeste vai introduzir um sistema tricolor e os habitantes dos países classificados como “zona vermelha” não são autorizados a entrar no país da Europa central, até nova ordem.
“Devemos preservar a nossa segurança para que o vírus não seja introduzido. As taxas de infecção entre nós são baixas e queremos que continuem assim”, declarou aos jornalistas Gergely Gulyas, chefe de gabinete do primeiro-ministro, Viktor Orban, na capital.
Os países africanos e asiáticos, à excepção da China e do Japão, são atingidos por esta nova medida.
Na Europa, afceta a Albânia, a Bósnia, a Macedónia do Norte, o Kosovo, a Bielorrússia, o Montenegro e a Ucrânia.
Os residentes húngaros provenientes destes destinos são autorizados a regressar ao país, mas devem submeter-se a um teste obrigatório de despistagem do novo coronavírus e a uma quarentena obrigatória de duas semanas, precisou Gulyas.
O sistema de classificação comporta igualmente zonas laranja e verdes. Os viajantes originários da categoria laranja devem confinar-se se não obtiverem resultado negativo no teste de despistagem de coronavírus nos cinco dias após a chegada.
Esta categoria inclui a Bulgária, Portugal, Suécia, Roménia, Reino Unido, Noruega, Sérvia, Rússia, Estados Unidos, China e Japão.
Nenhuma restrição foi imposta às transacções com os restantes países classificados como zona verde.
A Hungria, um país membro da União Europeia com 9,8 milhões de habitantes, registou oficialmente, até este domingo, 4.234 casos de infecção pelo novo coronavírus e 595 mortes devido à epidemia.
Na semana passada, invocando risco sanitário, o primeiro-ministro anunciou que Budapeste não seguiria uma recomendação da União Europeia destinada a levantar as restrições de viagem relacionadas com o coronavírus, para mais países fora da União.
O abrandamento das restrições nas fronteiras da União, anunciado em 30 de Junho, foi deixado à consideração dos Estados-membros e visa ajudar o sector turístico do continente, afectado pela quebra no fluxo internacional de passageiros, devido às restrições adoptadas para tentar conter a pandemia.
Redacção com MadreMedia