A população de sete concelhos do distrito do Alto Minho exigiu este sábado o regresso da gestão de redes de água em baixa e de saneamento aos municípios da região, assegurada desde Janeiro pela empresa Águas do Alto Minho (AdAM).
A manifestação, convocada através das redes sociais, juntou populares à frente dos edifícios camarários dos sete concelhos que integram a AdAM.
Em Viana do Castelo mais de meia centena de pessoas concentrou-se junto à Câmara Municipal, e contou com a participação de representantes de vários partidos políticos.
A AdAM, empresa de gestão das redes de água em baixa e de saneamento, é detida em 51% pela AdP e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Inter-municipal (CIM) do Alto Minho.
Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.
A nova empresa começou a operar em Janeiro, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.
Em Abril, a empresa suspendeu a facturação depois de terem sido detectados erros de facturação que afectaram 15 mil consumidores.
A constituição tem sido contestada por vários partidos e pela população de alguns concelhos, que se queixa do aumento “exponencial” das tarifas e do funcionamento dos serviços.
Na sexta-feira, contactada pela agência Lusa, fonte do comando da PSP de Viana do Castelo, que também abrange o concelho de Ponte de Lima, disse não ter sido oficialmente informada de qualquer manifestação na sua área.
Este sábado, a mesma fonte confirmou a realização de acções nestes dois concelhos, mas sem adiantar o número de participantes.
Na sexta-feira, fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo disse ter recebido comunicação de um protesto em Caminha.
Foto Rádio Geice