A empresa Fehst passou a integrar o núcleo de embaixadores empresariais de Braga. Criada a partir do universo Grundig, a Fehst foi fundada em Maio de 1995 e dedica-se essencialmente ao fabrico de componentes para automóveis, sobretudo peças de metal e plástico, assumindo um papel de relevo no tecido económico da região.
A capacidade de se reinventar é uma das características da empresa que começa agora a apostar em soluções de domótica com uma linha de produtos inovadora que substitui o convencional interruptor por painéis tácteis. Esta é uma das muitas inovações que o grupo Fehst apresenta na automação, segurança, sistema de som e climatização.
Instalada numa zona que agrupa três das principais empresas exportadoras a nível regional e nacional – como a Bosch, a Delphi, às quais se junta a Fehst –, e que actuam em sectores que marcam a diferença pela competitividade ao nível do conhecimento, a Fehst pode ser vista como um testemunho da capacidade do tecido empresarial em se adaptar aos novos desafios.
“As empresas e os sectores têm que se reinventar a cada momento e, nesse particular, a Fehst é um bom exemplo”, afirmou Ricardo Rio, presidente da Câmara, durante a visita à empresa que efectuou esta segunda-feira.
A “aposta em colaboradores altamente qualificados” e a reconversão profissional dos activos indiferenciados foi um dado evidenciado pelo autarca, que também destacou a “perseverança da empresa no sentido de responder a novos desafios e novas realidades, promovendo o crescimento”.
Aludindo ao facto da empresa ter reduzido o número de colaboradores indiferenciados, em detrimento de quadros mais qualificados, Rio referiu que o município “tem prestado apoio a empresas que fazem essa reconversão e, ao mesmo tempo, criado condições para que outros sectores de actividade possam absorver esses mesmos colaboradores”. Nesse sentido, e segundo os dados estatísticos das entidades competentes, a Câmara “tem tido uma dinâmica geradora de emprego no concelho”.
Para Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga, a Fehst actua num sector “importantíssimo e de enorme impacto nas exportações” como é o caso do sector automóvel. Um sector que, segundo o responsável, “tem um enorme potencial de crescimento e que dentro de pouco tempo irá, seguramente, fazer crescer Braga no ranking nacional dos concelhos mais exportadores”.
Por seu turno, Hatto Fehst, administrador e fundador da empresa, referiu que a Fehst está disponível para criar sinergias. “Braga tem todas as condições para se afirmar a nível internacional. A nossa especialidade é criar valor acrescentado, por isso o conhecimento que é desenvolvido nas universidades tem de ser aproveitado para o desenvolvimento”, referiu.
Nos últimos seis anos, a empresa tem vindo a efectuar investimentos na ordem dos seis milhões de euros. Actualmente, a Fehst está a remodelar uma área que representa um investimento de cerca de quatro milhões de euros, o que vai permitir um retorno na facturação a curto prazo de dez milhões.
Com cerca de 160 colaboradores no universo Fehst, distribuídos por Braga e Aveiro, mais de 120 desenvolvem a sua actividade em Braga. Para 2016 a empresa estima uma facturação na ordem dos 20 milhões de euros e metade desse valor será facturado em Braga. O grande objectivo do grupo passa por atingir uma facturação de 50 milhões de euros em 2030, através da ‘industrialização informatizada’, facto que irá permitir a independência da empresa. Para isso, a Fehst irá continuar a apostar em mão-de-obra qualificada, aproveitando o conhecimento proveniente da Universidade do Minho.