Por proposta da Câmara, cerca de uma centena de clubes e associações desportivas do concelho, enviaram uma carta às entidades governamentais que tutelam o desporto e saúde, alertando para “a necessidade de se adoptarem medidas de apoio e novos mecanismos que permitam uma retoma gradual, mas de uma forma que não coloque em causa a sobrevivência dos clubes e associações desportivas”.
A missiva saiu do encontro, promovido esta quinta-feira, que juntou a autarquia, clubes e associações desportivas bracarenses com o objectivo de analisar implicações da deliberação da DGS sobre a retoma da actividade desportiva.
A sessão, que contou com a presença da vice-presidente da Câmara, Sameiro Araújo, Mário Freitas, da Unidade de Saúde Pública de Braga, e Rui Macedo, do Agrupamento de Centros de Saúde de Braga, serviu para esclarecer inúmeras dúvidas sobre a forma como as modalidades desportivas na sua generalidade poderão iniciar o seu processo de treino e/ou competição, isto num momento particularmente sensível para a formação desportiva que mobiliza milhares de jovens por todo o concelho.
A vice-presidente da Câmara, Sameiro Araújo, considera “fundamental proporcionar a todas as entidades e colectividades desportivas um esclarecimento prévio de todas as alterações e da necessidade da retoma da actividade desportiva”.
“A retoma ao desporto e aos espaços onde o mesmo decorre deve ser encarada com sentido de responsabilidade, profissionalismo e serenidade, operacionalizando circuitos e métodos de higiene e segurança, mediante a realidade de cada espaço desportivo”, sustentou.
Sameiro Araújo mostrou-se ainda preocupada com o impacto que a falta do desporto de formação, que enquadram milhares de jovens bracarenses, poderá ter em muitos clubes.
“Depois de tanto trabalho desencadeado nos últimos anos no âmbito da promoção desportiva, com o corolário de Braga Cidade Europeia do Desporto 2018, não quero colocar sequer o cenário dos jovens atletas abandonarem o desporto, porque seria catastrófico”, reforçou.