A sustentabilidade do Theatro Circo pode ficar assegurada a curto prazo. Esta a conclusão que se tira do encontro entre Ricardo Rio e a secretária de Estado da Cultura, Isabel Botelho Leal.
A membro do governo, que esta quarta-feira visitou a centenária casa de espectáculos bracarense, afirmou que o assunto está a ser tratado directamente por João Soares, ministro da tutela.
Aproveitando a presença de Isabel Botelho Leal, o presidente da Câmara de Braga, defendeu que, face à recusa de visto do Tribunal de Contas, “a solução mais imediata e efectiva passa por um regime de excepção dos equipamentos culturais, que salvaguardaria a situação de vários equipamentos no país que actuam nesta área e que têm a sua actividade ameaçada”.
“Admito que a curto prazo esta seja uma situação ultrapassada e que, ainda este ano, possa ser possível reformular as condições de financiamento ao Theatro”, adiantou Rio, mostrando-se ainda confiante no apoio de todos os grupos parlamentares.
O autarca sublinhou que, após confirmada a sustentabilidade do Theatro, é essencial garantir outras condições de financiamento para o mesmo.
“É importante que a Secretária de Estado conheça a actividade aqui desenvolvida e a programação que o Theatro corporiza, assim como o trabalho da CTB, para, através de financiamentos públicos e comunitários, encontrar novas formas de potenciar cada vez mais o Theatro”, referiu, adiantando também que o município não se demite das suas responsabilidades nesta matéria.
“Através do financiamento via contrato-programa e dos serviços que adquirimos ao Theatro, temos vindo a investir mais de 1 milhão de euros por ano neste equipamento. Queremos que o investimento seja partilhado por todos os agentes e, nesse contexto, o Estado tem também de assumir a sua parte da responsabilidade”, frisou.
Já Isabel Botelho Leal salientou que o objectivo do contacto passou por conhecer melhor a estrutura de produção artística e contactar com a comunidade artística local. “Vinha preparada para encontrar um local especial, mas o que vi ultrapassou as minhas expectativas. Esta é uma forma de conhecer os teatros e de, através do contacto directo com os responsáveis, ter consciência dos problemas com que estes equipamentos se debatem”, afirmou.