O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que Portugal está a acompanhar a tendência europeia de aumento de infectados com o novo coronavírus e que, se essa evolução se mantiver, pode atingir os mil casos diários de covid-19 na próxima semana.
Esta posição foi transmitida por António Costa no final da reunião do gabinete de crise sobre a evolução da covid-19, em Portugal, em São Bento, que durou cerca de duas horas.
“A manter-se esta tendência, chegaremos aos mil casos por dia. Temos de travar esta tendência. Não podemos parar o país”, declarou o primeiro-ministro na conferência de imprensa.
António Costa afirmou que o custo social do confinamento foi considerável e sublinhou que é responsabilidade dos cidadãos a capacidade de prevenção e difusão desta pandemia.
“O custo social do confinamento foi enorme e não podemos passar por isso tudo outra vez. Compreendo que haja alguma fadiga ao fim de todos estes meses mas isto só terminará quando houver uma vacina ou um tratamento eficaz. Está nas mãos de cada um assegurar o que é necessário: controlar a pandemia para que as aulas e as empresas possam funcionar”, realçou o primeiro-ministro.
“Parar o país teve um custo enorme, foram destruídos milhares de postos de trabalho. Parar as aulas presenciais também foi prejudicial”, afirmou António Costa.
Apesar de referir que os cidadãos podem confiar no SNS e no aumento da capacidade de testagem, o governante salientou que “a melhor ajuda que podemos dar ao SNS é prevenirmos o nosso comportamento”. Para António Costa, “o maior perigo do covid são as pessoas assintomáticas e a nossa responsabilidade é permanente”.
Redacção com Visão e Jornal Económico