O presidente do PSD declarou esta quinta-feira que o partido está “tranquilamente a preparar” as próximas autárquicas e escusou-se a falar em acordos com o CDS, afirmando que até 31 de Dezembro nada mais tem a dizer.
“Confirmo sempre tudo aquilo que eu próprio digo (…) Não está nada em cima da mesa, mas está tudo em cima da mesa”, afirmou aos jornalistas, quando questionado se confirmava a intenção de o PSD se coligar com o CDS nas próximas autárquicas.
À margem de uma visita à Universidade do Algarve, o líder social-democrata disse que o partido está “tranquilamente a preparar as autárquicas”, até de uma forma “bem mais tranquila”, devido à pandemia, sublinhando que até 31 de Dezembro não tem “mais nada para dizer”.
Em causa está uma carta aberta do presidente da Juventude Social-Democrata, Alexandre Poço, a apelar a um acordo do centro-direita (PSD, CDS-PP e IL) nas autárquicas de 2021, alertando para um debate político cada vez mais extremado e populista.
Esta quarta-feira, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou que foi o primeiro dirigente a “sugerir uma frente de direita para vencer a esquerda” nas autárquicas de 2021 e disse que o processo já decorre a nível institucional, com o PSD.
O líder centrista mostrou-se esperançado de que os dois partidos vão chegar à conclusão que é “necessário um acordo para estabelecer sinergias e convergências com o PSD, com vista a derrotar a esquerda na maioria dos municípios de Portugal”.
Também o secretário-geral do CDS-PP salientou que o parceiro preferencial de coligação dos centristas é o PSD e adiantando que o dossier dos acordos para as autárquicas do próximo ano “está a ser acompanhado” pelas direcções dos dois partidos.
Já a Iniciativa Liberal (IL) frisou, num comentário escrito enviado à agência Lusa, que, se o apelo do líder da JSD para um acordo de centro-direita nas próximas eleições autárquicas fosse sério, “teria sido feito em privado” e defendeu coligações pensadas concelho a concelho.
O partido salientou que, “no âmbito autárquico as decisões só podem ser tomadas com situações concretas, concelho a concelho”, e apontou que “este desafio deve ser visto numa lógica de posicionamento interno no próprio PSD”.
Redacção com TSF