Nuno Almeida reconhece que entrar numa “arquidiocese tão vasta”, com 551 paróquias e 850 mil habitantes, implica “um sim empenhado”. O novo bispo auxiliar de Braga assume funções em período de “reconfiguração” da arquidiocese bracarense.
Em entrevista à agência Ecclesia, D. Nuno Mostrou-se ainda apostado em levar “ao coração das comunidades” uma “esperança e alegria sempre maior”, na linha do Ano da Misericórdia que a Igreja Católica começa a viver.
“Num mundo em que parece que a solução normal para os conflitos é quase a via armada ou sempre o litígio, a fé cristã tem uma outra proposta, que tem a ver com o perdão, com um caminho que se faz de ressurreição”, apontou.
Nuno Manuel dos Santos Almeida tem 53 anos e é natural do Concelho do Satão, na Diocese de Viseu. Depois de quase 30 anos de trabalho pastoral, junto de várias paróquias da sua terra natal, entra ao serviço da Arquidiocese de Braga no próximo dia 10.
O bispo auxiliar tem a seu cargo a região eclesiástica sul, que envolve 262 paróquias dos arciprestados de Guimarães e Vizela, Famalicão, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Celorico de Basto e Cabeceiras de Basto. D. Nuno Almeida vai ter também a seu cargo os sectores do clero, dos consagrados e missões.
Braga já contava com um bispo auxiliar, D. Francisco Senra Coelho, a quem foi atribuída a região norte do território.
Reconfiguração Pastoral
Para o arcebispo minhoto, D. Jorge Ortiga, a chegada de mais um “colaborador episcopal” é essencial, numa região “muito exigente” e onde “os desafios são imensos”, a começar pela evangelização.
“Talvez aqui ainda se tenha uma fé muito alicerçada em determinadas tradições e costumes, e estamos a trabalhar para que os nossos cristãos possuam uma fé mais personalizada”, frisou o responsável católico.
Jorge Ortiga destacou ainda a experiência de D. Nuno Almeida como pároco na “unidade pastoral” [conjunto de paróquias] de Fornos de Algodres.
Isto quando está em marcha um projecto de “reconfiguração” pastoral da Arquidiocese de Braga.
“Estamos a trabalhar numa reorganização a partir das unidades pastorais e creio que até nessa perspetiva o D. Nuno poderá dar um contributo não apenas teórico mas a partir da sua experiência“, complementou.