Marcelo Rebelo de Sousa anunciou esta segunda-feira, na pastelaria Versailles, em Belém, Lisboa, a sua recandidatura ao cargo de Presidente da República nas eleições de 24 de Janeiro de 2021.
A escolha do local para a apresentação da recandidatura de Rebelo de Sousa, a Pastelaria Versailles, deveu-se ao facto de o espaço ter servido como sua sede de campanha às eleições presidenciais de 24 de Janeiro de 2016, nas quais foi eleito à primeira volta, com 52% dos votos.
De seguida, anunciou a recandidatura à Presidência da República como Presidente independente que quer unir e estabilizar Portugal.
“Não vou fugir às minhas responsabilidades, não saio a meio de uma caminhada penosa. Anuncio-vos isto só hoje porque, perante o agravamento da pandemia no Outono, quis tomar decisões essenciais sobre a declaração do estado de emergência em tempos tão sensíveis como o Natal e fim do ano como Presidente e não como candidato. Quero-vos agradecer a compreensão e apoio manifestados desde 2016”, sublinhou o recandidato a Presidente da República.
Marcelo garantiu também que quem avança para esta recandidatura é exactamente a mesma pessoa que se apresentou há cinco anos.
“Defensor da democracia e da liberdade, pessoal, política, económica e cultura. Sou exactamente o mesmo na visão de Portugal, plataforma entre culturas, civilizações, oceanos e continente. Tudo o que disse e escrevi em 2015 mantém-se por igual, como igual é o homem que o disse e escreveu. Portuguesas e portugueses, a escolha é vossa”, rematou.
No entanto, ainda não há data para a formalização da candidatura, garantiu Marcelo.
Prestes a completar 72 anos, no próximo dia 12, Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito Presidente da República à primeira volta nas eleições de 24 de Janeiro de 2016, com 52% dos votos expressos.
PRÉ-CANDIDATOS
A menos de dois meses da ida às urnas, falta ainda a validação das candidaturas pelo Tribunal Constitucional. Além de Marcelo Rebelo de Sousa há mais oito pré-candidatos na corrida a Belém: Ana Gomes, João Ferreira (apoiado pelo PCP), Marisa Matias (apoiada pelo BE), Tiago Mayan (apoiado pelo IL), André Ventura (apoiado pelo Chega), Bruno Fialho (apoiado pelo PDR), Vitorino Silva e Paulo Alves (apoiado pelo JPP).
As candidaturas têm de ser apresentadas formalmente perante o Tribunal Constitucional até 30 dias antes das eleições, 24 de Dezembro, propostas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15 mil eleitores, e a campanha eleitoral decorre entre 10 e 22 de Janeiro.
O próximo Presidente da República toma posse perante a Assembleia da República no dia 9 de Março de 2021, último dia do actual mandato de cinco anos de Marcelo Rebelo de Sousa.
Nos termos da lei, se nenhum dos candidatos obtiver mais de metade dos votos validamente expressos, excluindo os votos em branco, há um segundo sufrágio, 21 dias depois do primeiro, entre os dois candidatos mais votados – neste caso, é em 14 de Fevereiro.