Investigadores da Universidade de Coimbra e da Universidade de Aveiro apostam numa ‘assinatura salivar’ para detectar atempadamente crianças com alto risco de desenvolverem cárie dentária.
Um estudo desenvolvido por uma equipa do Instituto de Odontopediatria e Medicina Dentária Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), em colaboração com o CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro, laboratório associado da Universidade de Aveiro (UA), traz novas perspectivas para o diagnóstico precoce da cárie dentária em crianças, a doença mais prevalente em todo o mundo nesta faixa etária.
O trabalho, intitulado ‘Perfis metabolómicos salivares na cárie dentária em idade pediátrica’, centrou-se em identificar uma “assinatura salivar” com o objectivo de detectar atempadamente crianças de alto risco para a cárie dentária, através de uma abordagem simples e não invasiva.
A cárie dentária em idade pediátrica “representa um grave problema de saúde pública, uma vez que constitui a doença mais prevalente em todo o mundo nesta faixa etária, com um considerável impacto na qualidade de vida das crianças e suas famílias”.
Contudo, até à data, ainda não foi identificado um preditor de risco consistente que permita a sinalização precoce de crianças de alto risco para a doença.
“A metabolómica salivar, uma ferramenta que permite a caracterização de muitos metabolitos simultaneamente em amostras de saliva, já possibilitou a identificação de marcadores metabolómicos específicos de várias doenças, como diabetes e cancro oral; no entanto, a aplicação desta inovadora abordagem no contexto da investigação em saúde oral pediátrica permanece pouco explorada”, explicam as autoras do estudo, Joana Leonor Pereira e Ana Luísa Costa, da FMUC, e Ana Maria Gil, da UA.
Redacção com Mood