Vítor Sousa, ex-administrador dos Transportes Urbanos de Braga e braço direito do anterior presidente da câmara, Mesquita Machado, saiu esta noite em liberdade mas obrigado ao pagamento de uma caução de 100 mil euros, a medida de coação mais penalizadora decretada pela juíza de instrução criminal do tribunal de Braga.
Cândida Serapicos, vogal da administração da transportadora municipal e antiga adjunta de Mesquita, saiu igualmente em liberdade, obrigada ao pagamento de uma caução de 27 mil euros, e como Sousa, com o passaporte apreendido.
De acordo com despacho da juíza Maga Cerqueira, ambos estão “fortemente indiciados” por crime de corrupção passiva e gestão danosa.
Luís Vale, director dos TUB, tem que pagar uma caução de 23 mil euros, sendo ainda suspenso de todas funções naquela empresa municipal.
Após dois dias de interrogatório e outro de alegações do Ministério Público e das defesas, a juíza decretou ainda a saída em liberdade do alemão Patrick Goetz, administrador-delegado na Península Ibérica da fabricante de autocarros germânica MAM, e de Luís Paradinha, director da MAN portuguesa.
Todos os cinco viram os seus passaportes apreendidos e estão obrigados a apresentações periódicas na autoridade policial mais próxima da residência, proibidos de comunicar entre si “por qualquer meio” e de frequentar as instalações dos TUB.
Quer Artur Marques, defensor de Vítor Sousa, quer Marcelino Pires, advogado de Cândida Serapicos, anunciaram a intenção de recorrer, argumentando que os seus constituintes ”negam todos os factos”.
Fernando Gualtieri (CP1200)