Os professores e não docentes começam a ser vacinados no último fim-de-semana de Março, dias 27 e 28, anunciou esta quinta-feira o coordenador da task-force, Henrique Gouveia e Melo.
“O número de vacinas que a AstraZeneca tinha previsto para o segundo trimestre era cerca de 4,4 milhões e foram reduzidas para cerca de 1,5 milhões de vacinas. É com isso que os planos já estão feitos, já estão adaptados para essas quantidades. Em principio, para além de fazermos o arranque da vacinação com a AstraZeneca esta segunda-feira, os docentes serão vacinados no fim-de-semana seguinte”, explicou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
As autoridades de saúde portuguesas decidiram hoje retomar a administração de vacinas da AstraZeneca contra a covid-19, três dias depois do anúncio de uma suspensão temporária devido a relatos em vários países de casos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.
“O plano de vacinação sofreu uma pausa no que concerne à vacina da AstraZeneca e vai ser posto em marcha outra vez a partir de segunda-feira. Vamos retomar o plano, acelerando-o”, afirmou o coordenador da task force para a vacinação contra a covid-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, numa conferência de imprensa em que esteve também presente o presidente do Infarmed, Rui Ivo, e a directora-geral da Saúde, Graça Freitas.
A decisão foi anunciada na sequência da decisão da Agência Europeia do Medicamento (EMA) de que a vacina da AstraZeneca “é segura e eficaz” e que não está associada aos casos de formação de coágulos sanguíneos que levaram à suspensão da sua utilização em mais de uma dezena de países europeus.
“O Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância chegou a uma clara conclusão na investigação dos casos de coágulos sanguíneos: esta é uma vacina segura e eficaz”, declarou a directora executiva da EMA, Emer Cooke, falando em videoconferência de imprensa a partir da sede do regulador, em Amesterdão.
Depois de uma investigação nos últimos dias dos especialistas do regulador europeu, Emer Cooke garantiu que a administração da vacina da AstraZeneca “não está associada a um aumento do risco de eventos tromboembólicos responsáveis pelos coágulos sanguíneos” nalguns dos vacinados com este fármaco.
A posição surge depois de nos últimos dias vários países europeus, incluindo Portugal, terem decidido por precaução suspender a administração da vacina da AstraZeneca após relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos e da morte de pessoas inoculadas com este fármaco.