O deputado socialista Luís Soares quer que os equipamentos culturais de Guimarães, consequentes da Capital Europeia da Cultura (CEC) 2012, sejam financiados pela Administração Central à semelhança do que acontece com as outras cidades do país que assumiram já esse título.
Numa ‘carta aberta’ à secretária de Estado da Cultura, agora tornada pública, o parlamentar – natural de Guimarães – invoca, para defender a tese de que os equipamentos culturais originários da ‘CEC 2012 devem merecer o financiamento do Orçamento Geral do Estado, o cumprimento do Princípio da Igualdade, ou seja, “o princípio segundo o qual deve ser tratado por igual o que é igual e de forma diferente o que é diferente’.
Ora – sublinha o deputado do PS eleito pelo círculo de Braga –, se o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e a Casa da Música, no Porto, são financiados em proporções diferentes pelo Orçamento do Estado, “é natural e justo que a Plataforma das Artes e da Criatividade também o seja. De forma igual? Não. De forma diferente”, dada a “sua dimensão para além da regional”, afirma o deputa na carta a Isabel Botelho Leal.
Dando ainda maior visibilidade a um tema que está a motivar acesas discussões politico-partidárias na ‘cidade berço’, suscitadas pela recente deslocação da secretária de Estado a Guimarães, Luís Soares insiste que o argumento que ora invoca, comum aos socialistas vimaranenses, foi aquele que “sempre invocou e continuará a invocar, independentemente do partido que lidere o Governo”.
O parlamentar diz-se “conhecedor das dificuldades que o país atravessa” e da “amputação que o Governo antecessor provocou na Cultura em Portugal”, mas contrapõe para a defesa da sua posição “a visão e a importância que os socialistas de Guimarães e do país dedicam à Cultura, à sua generalização e universalidade”.
FG (CP1200)