Rui Moreira defendeu esta segunda-feira a necessidade do governo dar ordens à TAP para restabelecer as ligações internacionais que a transportadora anunciou querer suspender partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro.
“O aeroporto do Porto não tem sido um ‘hub’ [plataforma giratória de uma companhia aérea, onde existe um grande número de ligações directas a grandes cidades] da TAP. O Governo disse que a razão fundamental de reassumir 50% da TAP é para que haja um ‘hub’ no Porto. Para isso, é preciso um sinal, dando ordens à administração da TAP para que não sejam interrompidas as ligações a Roma, Milão (Itália), Bruxelas (Bélgica) e Barcelona (Espanha), ou o voo nocturno de Gatwick (Londres, Inglaterra)”, afirmou o presidente da Câmara Municipal do Porto em encontro com jornalistas.
O autarca defendeu, ainda, que, com o Estado a deter 50% da transportadora, a TAP deve prestar “um serviço público” e que “o serviço público deve ser prestado em todo o território”.
O primeiro-ministro, António Costa, disse no sábado que o acordo para a reversão da privatização da TAP deixa o Governo com margem para intervir sobre a manutenção de uma base no Porto.
O Governo vai pagar 1,9 milhões de euros para o Estado ficar com 50% da TAP (em vez de 34%), resultado das negociações com o consórcio Gateway, que tinha 61% do capital da companhia e que agora fica com 45%, podendo chegar aos 50%, com a aquisição do capital à disposição dos trabalhadores.
FG (CP1200) com Porto Canal