O presidente da Câmara de Viana do Castelo estimou um investimento público e privado de 500 milhões de euros e a criação de mil postos de trabalho na próxima década com a agenda da economia do mar, apresentada esta terça-feira.
O socialista José Maria Costa, que falava em conferência de imprensa realizada por videoconferência para anunciar o início da elaboração da Agenda ‘Viana do Castelo-Retoma através do Mar’, adiantou tratar-se de uma “previsão conservadora”, tanto do montante de investimento como da criação de emprego, “mas realista”.
“O que estamos a colocar em cima da mesa é um volume de investimento que é bastante conservador, atendendo não só ao investimento público, mas também ao desenvolvimento de projectos privados (…) ao número de postos de trabalho e de mão-de-obra qualificada (…). Estes são os nossos objectivos, mas podem acontecer desenvolvimentos. Não temos uma bola de cristal para adivinhar. Estou certo de que com a atractividade da região e a ligação fortíssima à Galiza podem aparecer novas oportunidades”, afirmou José Maria Costa, citado pela Lusa.
Segundo o autarca socialista, as áreas ligadas à economia do mar “estão sempre em aberto”, que “sempre foram e continuarão a ser uma ambição e aposta” do concelho.
Realçou que o objectivo do município é “ter uma perspectiva conservadora e realista do que pode efectivamente acontecer”.
Jorge Maria Costa apontou alguns exemplos como o “investimento no centro de inovação e valorização do território, um interface entre as universidades e as empresas, a ampliação da aposta nas energias renováveis oceânicas, na construção e reparação naval, pesca, na aquacultura, terminal de cruzeiros e desportos náuticos”.
O autarca acrescentou que a Agenda ‘Viana do Castelo-Retoma através do Mar0 vai ter “uma forte componente participativa e técnica para que o documento seja robusto”.
“Queremos que sirva os interesses de Viana do Castelo, mas acima de tudo os interesses da economia do mar a nível nacional”, reforçou.
Já o consultor Miguel Marques, da empresa Skipper&wool, responsável pela elaboração da estratégia da economia do mar, estimou que “em cerca de três meses” o documento esteja “não só escrito, mas acima de tudo validado pela comunidade marítima de Viana do Castelo”.
Miguel Marques adiantou que “nas próximas duas semanas” será dado o “primeiro passo” na elaboração da estratégia com a “auscultação de 50 agentes da economia do mar que foram convocados para uma escuta estruturada”.
O responsável disse que a agenda de Viana do Castelo que prevê a atracção de 500 milhões de euros de investimento nacional e internacional, público e privado e a criação de mil postos de trabalho “esteja completamente alinhada com os desígnios nacionais e europeus”.
“Viana do Castelo é o primeiro município a dar um passo em frente e a concretizar o que no terreno poderá querer significar a aposta no mar ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, reforçou.