O primeiro-ministro António Costa homologou este sábado, o acordo entre a Câmara de Guimarães e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para reabilitação das margens do rio Ave, desde a nascente à sua foz, numa extensão de 40 quilómetros.
O acordo, que tem de ser executado até final de 2023, prevê a consolidação e renaturalização das margens do rio, corte e limpeza de vegetação, bem como a criação de trilhos ecológicos, com realce para a Ecovia do Ave e afluentes do rio.
O projecto, que inclui também uma intervenção nas margens do rio Vizela, foi celebrado com a APA e por António Costa, que encerrou a sessão em Coimbra, onde decorreu a apresentação pública dos 30 projectos de âmbito nacional de reabilitação e valorização fluvial, que contempla a intervenção em 150 quilómetros de linhas de água e 50 massas de água, abrangendo meia centena de municípios, num investimento total de 50 milhões de euros.
“Este é um pré-aquecimento do Plano de Recuperação e Resiliência e um programa de descentralização para activar as várias dimensões em torno da economia, em parceria com os municípios”, referiu António Costa, que agradeceu aos autarcas “todo o esforço que têm feito no combate à pandemia, uma situação que nunca nenhum de nós imaginou enfrentar”.
Domingos Bragança destacou a “importância do Parque Linear da Biodiversidade” que vai unir a Ecovia do Ave e a Ecovia do Selho, com a criação de pontos de interesse ao longo do percurso.
“Trata-se de um projecto inclusivo, que tem por objectivo devolver o rio Ave e os seus afluentes aos nossos vimaranenses para que possam fruir e viver a nossa natureza, proteger o nosso habitat e fazer com que o futuro seja ambientalmente sustentável, num trabalho colaborativo com a nossa comunidade, as Brigadas Verdes e o nosso meio escolar”.
Por sua vez, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Acção Climática, realçou o papel dos rios. “São uma excelente linha de corta-fogo, que convidam ao passeio e à sua fruição”, sintetizou.
“Vamos intervir nos principais rios portugueses, como é o Ave. Após o seu grande projecto de despoluição há 25 anos, não sofreu mais nenhuma intervenção. O comum das pessoas não quer saber se a gestão do seu rio é da competência da Câmara ou do Governo. Querem é saber se está limpo”, disse, depois de José Pimenta Machado, vice-presidente da APA, ter lembrado no seu discurso que “Domingos Bragança criou uma estrutura própria para combater a poluição do rio Ave”.
“Estamos todos empenhados em ultrapassar e resolver esta situação”, concluiu.