Durante os festejos dos adeptos do Sporting CP, após a consagração do clube leonino como novo campeão nacional, a PSP planeou e executou uma operação de “grande envergadura” com o objectivo de garantir a segurança dos cidadãos e dos dois autocarros onde seguiam a comitiva sportinguista de jogadores e equipa técnica.
Assim, na sequência desta operação, e de acordo com o comunicado divulgado esta quarta-feira, a PSP apreendeu, a nível nacional, 63 artefactos pirotécnicos, identificou 30 pessoas e procedeu à detenção de três cidadãos.
Ainda no decorrer do jogo que opôs Sporting CP e Boavista FC, que terminou com a vitória dos ‘verde e brancos’ por uma bola a zero, a PSP verificou “comportamentos desordeiros e hostis por parte de alguns adeptos ali presentes, relativamente aos polícias que se encontravam de serviço, obrigando ao uso da força pública, incluindo disparos com projécteis menos letais, para fazer cessar aquelas condutas perigosas”.
Para restabelecer a ordem e tranquilidades públicas foi necessário “reforçar o dispositivo policial para conter as desordens verificadas que consistiram, nomeadamente, no arremesso, na direcção dos Polícias, de diversos objectos perigosos, incluindo garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos, que também atingiram outros cidadãos presentes no local”, afirmam as autoridades na mesma nota.
Não obstante às desordens verificadas e o aumento da tensão associada ao desfile previsto, a PSP decidiu manter a sua realização, depois de ponderar os impactos negativos na ordem e tranquilidade públicas, resultantes da sua anulação. Pelas 02h00 de desta quarta-feira iniciou-se o desfile dos jogadores e comitiva do SCP, em dois autocarros abertos, entre o Estádio José de Alvalade e a rotunda do Marquês de Pombal.
No acompanhamento do desfile, a PSP empregou um forte dispositivo policial motorizado e apeado, face aos acontecimentos anteriormente referidos e ao elevado número de cidadãos que circulavam e permaneciam ao longo do extenso itinerário do desfile, especialmente na mencionada rotunda. A PSP afirma que durante o desfile, até às imediações da Rotunda do Marquês de Pombal, “não se verificaram incidentes de relevo”.
Na rotunda do Marquês de Pombal, a PSP informa que “alguns adeptos deliberadamente derrubaram, em vários pontos, o gradeamento metálico ali instalado, comprometendo o perímetro policial e colocando em perigo a integridade física dos Polícias e demais presentes”.
“Verificaram-se igualmente reiterados comportamentos hostis e desordeiros por parte de alguns adeptos, relativamente aos Polícias que integravam o dispositivo policial, tendo sido arremessados diversos objectos perigosos na sua direcção, incluindo garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos, obrigando ao uso da força pública, incluindo disparos com projécteis menos letais, para fazer cessar aquelas condutas perigosas”, acrescentam as autoridades.
Das desordens ocorridas e do arremesso de objectos perigosos, incluindo garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos, resultaram ferimentos ligeiros em quatro polícias e num canídeo policial. Por sua vez, como consequência do arremesso de objectos perigosos e do uso da força pública, resultaram ferimentos em diversos cidadãos, em número que de momento “não é possível precisar, sendo que foram prontamente assistidos no local os feridos que foram identificados como tal”, informa a PSP.
A PSP regista e enaltece o comportamento de diversos adeptos, que insistentemente tentaram fazer cessar comportamentos desordeiros e hostis de outros adeptos, incluindo a reposição reiterada de grades metálicas entretanto derrubadas. Adicionalmente, as autoridades salientam e agradecem o “elevado profissionalismo, abnegação e espírito de missão de todos os polícias envolvidos neste policiamento complexo e de risco, independentemente da sua categoria e funções desempenhadas”.
Redacção com Jornal Económico