A Junta de Freguesia de Espinho, em Braga, decidiu deixar crescer a vegetação espontânea nas bermas de ruas, canteiros e jardins para proteger os insectos polinizadores, em particular a abelhas.
À população que tem reparado que as ‘daninhas’ não têm sido aparadas e cortadas, o presidente da Junta, Filipe Alves, explica que as bermas das estradas, caminhos e ruas não estão abandonadas. “Não. Isto não é sujidade. Isto é Natureza”, escreve no Facebook.
“Esta é apenas uma das coisas que Espinho está a fazer para aumentar a biodiversidade”, explica o autarca socialista, acrescentando que desde o início de Abril foi posto de lado o recurso a herbicidas, nomeadamente o controverso glifosato, nos espaços públicos, uma medida que “visa defender as pessoas, os animais e a natureza”.
“A vegetação silvestre espontânea, muitas vezes considerada desagradável à vista ou ‘inútil’, é fundamental para a vida selvagem, nomeadamente para os insectos polinizadores (como as abelhas, abelhoes, vespas, etc…), dos quais depende toda a vida na Terra”, sustenta Filipe Alves.
“Espinho quer dar o seu contributo para travar o declínio dos insectos polinizadores, causado pela pressão das actividades humanas e perda de habitat selvagem”, sublinha, e conclui com um apelo: “Todos temos de olhar pela nossa CASA, O PLANETA TERRA”.
A suspensão do corte das chamadas ervas daninhas em jardins e arruamentos municipais para proteger os insectos polinizadores é cada vez mais comum em Portugal, bem como a aceitação pública desta medida, como se constata pelos comentários elogiosos postados na página oficial do autarca no Facebook.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)