O socialista Guilherme Lagido, vice-presidente da Câmara Municipal de Caminha, apresentou a demissão, avançou esta quarta-feira à tarde o Jornal C.
Em declarações àquele jornal caminhense, Guilherme Lagido alega “falta de condições políticas” para levar o mandato até ao fim.
“Não fazendo eu parte do elenco que vai ser submetido a eleições, não faz sentido eu ficar à espera não sei de quê. Não havendo condições políticas, não estou cá a fazer nada”, explica Guilherme Lagido, que, contudo, não se mostra surpreendido com as opções do recandidato pelo PS à presidência da autarquia, Miguel Alves.
“Pretende-se gente nova. Pretende-se criar alguma estratégia não a pensar nestas eleições, mas a pensar nas seguintes. Era natural que eu fosse uma peça a mais”, afirmou ao C.
“Esperava ter sido tratado de outra maneira”, refere no entanto, frisando que merecia outro tipo de tratamento, mas garantindo que não sai “melindrado” e “satisfeito pelo trabalho realizado”.
MIGUEL ALVES CONFIRMA
Entretanto, Miguel Alves, confirmou a renúncia ao mandato de Guilherme Lagido Domingos, com efeitos a partir do próximo dia 1.
Em nota enviada às redacções, o autarca do PS faz um agradecimento público por “todo o trabalho” realizado pelo ainda vereador.
Miguel Alves salienta “o contributo extraordinário que o mesmo deu na afirmação estratégica de Caminha nos últimos 8 anos, evidenciada, sobretudo, no processo de revisão do PDM, na produção de projectos de reabilitação urbana e de criação de novos equipamentos, na informatização dos serviços de obras da Câmara Municipal, na afirmação da prioridade da sustentabilidade ambiental e da absoluta seriedade e entrega com que prosseguiu os objectivos assumidos perante os eleitores ao longo dos últimos dois mandatos”.
“O legado de Guilherme Lagido é inequívoco e será sempre parte da marca indelével da governação do PS no Município de Caminha”, remata Miguel Alves.
Com a renúncia de Lagido, o presidente da Câmara reassume, até final do mandato, os pelouros que lhe estavam delegados.