Os assistentes operacionais do bloco operatório do Hospital de Braga começam às 00h00 de sábado dois dias de greve em protesto pela igualdade de tratamento entre trabalhadores e exigem o pagamento das horas a mais que fazem aos fins-de-semana.
Em declarações à agência Lusa, o representante do Sindicato dos Trabalhadores de Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), Orlando Gonçalves, explicou que os 54 assistentes operacionais daquela valência “entendem que não têm que trabalhar horas a mais de forma gratuita”.
Segundo o sindicalista, “a questão é que aos fins de semana são feitas uma série de intervenções cirúrgicas fora do mapa normal de cirurgias, do horário de trabalho”.
“Estas cirurgias são pagas à parte às equipas, ao médico, ao anestesiologista, aos enfermeiros. Mas aos assistentes operacionais que garantem o funcionamento do bloco operatório nada é pago”, explicou.
No entanto, admitiu, “o problema não é do Hospital de Braga, mas do próprio diploma que rege estas intervenções porque não contempla estes pagamentos”.
Os trabalhadores “já manifestaram o seu desagrado à direcção em Janeiro, novamente em Março, mas até hoje, quase Agosto, não houve ainda resposta”, disse.
A jornada de luta, garantiu Orlando Gonçalves, “não vai interferir com as cirurgias urgentes, nem com os serviços de urgência, esses estão assegurados”.
Contactada pela Lusa, fonte do Hospital de Braga referiu que aquela unidade de saúde “não tem conhecimento formal” da jornada de luta dos assistentes operacionais do bloco operatório, “pelo que não se pronuncia pelos motivos da greve”.