Durante o fim-de-semana chegarão cerca de 30 afegãos, que se juntarão aos 24 que chegaram esta sexta-feira a Portugal, anunciou ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva,
Um primeiro grupo destas 56 pessoas chegou a Portugal esta sexta-feira, e, até domingo, “todas (…) chegarão ao nosso país em segurança e pode então iniciar-se o processo de acolhimento”, explicou, à RTP, Mariana Vieira da Silva.
A ministra da Presidência revelou ainda que os 24 cidadãos afegãos que chegaram esta sexta-feira a Portugal são pessoas que tinham colaborado com as forças militares portuguesas ao longo dos últimos 20 anos.
Os afegãos foram recebidos por vários veículos de assistência médica, do INEM e da Cruz Vermelha. Os militares portugueses e os 24 afegãos chegaram a Portugal depois de terem feito uma escala em Madrid.
A ministra explicou depois que o processo de acolhimento destes afegãos vai ter agora duas fases.
“Uma primeira fase em que as pessoas permanecerão em centros de acolhimento temporário para que possa ser feito esse trabalho de contacto com aquelas famílias, de recolha de informação de diversas áreas, para depois se procurar uma segunda fase de acolhimento. Procurar encontrar soluções habitacionais, soluções escolares, de formação profissional e de entrada no mercado de trabalho. Nestes primeiros dias, e não sei dizer quantos porque isso também depende deste acolhimento inicial, ficarão concentrados em dois centros temporários aqui no distrito de Lisboa”, afirmou a ministra de Estado e da Presidência.
Quanto à resposta da sociedade civil e à semelhança do que já tinha feito o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mariana Vieira da Silva destaca a grande disponibilidade para ajudar.
“Foi uma reacção extraordinária. Por um lado, das instituições que habitualmente trabalham nesta área, tivemos mais de 31 instituições que se disponibilizaram para apoiar neste processo, mas também das pessoas individuais e empresas. Tivemos quase 4.500 de famílias, empresas, das mais diversas organizações e com outras respostas que vão ser necessárias: apoio psicológico e no ensino da língua”, acrescentou Mariana Vieira da Silva.
Foto AFP