O vereador socialista José Morais apresentou, esta manhã, em reunião do executivo municipal, uma recomendação para que a Gala ‘Namorar Portugal’ seja repensada, “deixando a vaidade de lado”, por considerar que o actual formato está “desgastado” e que o evento “deixou de servir os seus intentos” e de ser um evento promotor de jovens talentos e as suas criações.
Na resposta, António Vilela acusou o vereador de “falar de Vila Verde pela negativa procurando sempre encontrar factos negativos mesmo quando os eventos conhecem grandes sucessos”.
A forma como decorreu a última edição da Gala Namorar Portugal e o que se lhe seguiu, com as conhecidas críticas de alguns criadores vilaverdenses e a resposta do produtor do evento, motivaram a recomendação apresentada por José Morais, em que o vereador considera que “urge transformar a gala num evento para massas, abrangente e dinamizador”, «envolver as escolas de artes do país, convidar agências de moda, industriais do sector têxtil, imprensa especializada e “definir claramente que o objectivo deste evento é promoção do concelho de Vila Verde e todos os jovens talentos de moda inscritos”.
Segundo José Morais, “deve o município de Vila Verde devolver a Gala Namorar Portugal aos vilaverdenses, ao público, descentralizando o local, a forma como a mesma é organizada, o custo do ingresso”, depois de a edição deste ano ter ficado “marcada por uma grande desorganização no desfile de moda” e “pelo desfile de vaidades pessoais numa noite em que as atenções deveriam estar centradas nos jovens criadores de moda”.
Ora, para o presidente da Câmara, “a Gala Namorar Portugal não foi, nem é, um desfile de vaidades pessoais, é sim, como a programação do ‘Mês do Romance’, uma vaidade para os vilaverdenses e para Vila Verde pela grande capacidade organizativa e pela participação numerosa quer do público quer dos criadores de moda”.
“Seria de esperar por parte de todos os elementos do executivo o reconhecimento pelo trabalho que é realizado e uma atitude que se constituísse como uma mais-valia e não alguma atitude que apenas pode contribuir, talvez propositadamente, para retirar o brilho a um evento que foi considerado por aqueles que estiveram presentes a melhor de sempre. Lamenta-se, por isso, que quem não se dignou a estar presente procure fazer uma avaliação com base naquilo que outros dizem e apenas reportando-se a notícias que não reflectem a verdade do que ali se passou”, frisou António Vilela.
José Morais acusou ainda o executivo PSD de, “perante as críticas”, se esconder “atrás de uma tomada de posição arrogante, prepotente e nada adequada por parte do produtor da gala”, José Manuel Duarte. “Assobiam para o lado, esperando que o assunto caia rapidamente no esquecimento, até ao desfie (de vaidades pessoais) do próximo ano”, vinca, acusando a Câmara de querer “desviar as atenções” e de “não sair bem vista deste lamentável episódio”.
Depois disso, endurecendo o discurso, o presidente da Câmara assegurou que o único “contributo” que reconhece ao vereador do PS “é falar de Vila Verde pela negativa procurando sempre encontrar factos negativos mesmo quando os eventos conhecem grandes sucessos”,
“Por muitas que sejam as críticas, a maior parte mal-intencionadas, não nos desviarão nunca do rumo que está a ser seguido, uma vez que este está a conduzir Vila Verde e os vilaverdenses no sentido do sucesso”, frisou Vilela.
LUÍS FILIPE SILVA ELOGIA ‘MÊS DO ROMANCE’
Luís Filipe Silva, também representante do PS no executivo municipal, deixou expresso o seu “elogio” à programação ‘Fevereiro, Mês do Romance’, embora considere que “nada está alcançado em definitivo”.
“Embora o ‘Mês do Romance’ ainda não tenha terminado, sinto-me na obrigação de deixar, desde já, escrito o meu elogio às muitas iniciativas que, aglomerando sinergias e vontades das muitas entidades e pessoas que dão corpo ao evento, têm mostrado Vila Verde ao resto do país e ao mundo”, realçou.
No entanto, “apesar da avaliação positiva”, o socialista defende “um trabalho contínuo por forma a melhorar, a reinventar o evento para, dessa forma, continuar a permitir o aparecimento de mais-valias em torno do evento”. “Estou certo que esta é a intenção e a vontade de todos”, concluiu.
RRC (TP 2298)