A candidatura da CDU pelo circulo de Braga às Eleições Legislativas considera urgente “valorizar a justa progressão nas carreiras e devidos aumentos salariais” e injusto o actual sistema da avaliação dos trabalhadores da administração pública.
A ideia foi expressa por Torcato Ribeiro, número 1 da lista da Coligação Unitária Democrática (PCP-PEV), nos encontros com as delegações de Braga do STAL – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte com o objectivo de procurar perceber as principais reivindicações dos trabalhadores destes sectores “de forma a estar em melhores condições de defender os interesses” dos trabalhadores do distrito.
Acompanhado pela também candidata Bárbara Barros (número 6 da lista), e Belmiro Magalhães, da Comissão Política do Comité Central do PCP, Torcato Ribeiro defendeu que “o modelo de avaliação actual, o SIADAP [sistema integrado de estão e avaliação do desempenho na administração pública], continua a ser um instrumento de injustiça na progressão das carreiras destes trabalhadores”.
“Defendemos a avaliação, mas não nestes moldes, em que os trabalhadores deixam de progredir na carreira de 3 em 3 anos, e onde ainda por cima se impõe quotas para a atribuição das avaliações mais altas”, afirmou, no final dos encontros, o candidato do PCP, acrescentando que a CDU acompanha “esta exigência de ambas estruturas sindicais, no sentido da urgência de valorizar a justa progressão nas carreiras e devidos aumentos salariais”.
Para os candidatos da CDU, o aumento do Salário Mínimo Nacional “é essencial para melhorar a vida dos trabalhadores”, e criticam “a falta de vontade política do Governo em actualizá-lo para o valor proposto pelo PCP e o PEV para 2022, bem como os devidos ajustes nas restantes categorias remuneratórias”.
“Em muitas das carreiras da administração pública, bem como se faz sentir no sector privado também, o Salário Mínimo Nacional acabou por absorver a remuneração de trabalhadores cuja antiguidade justificava diferenças salariais significativas”, explicou Bárbara Barros.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)