A frota da PSP poderá imobilizar-se por falta de combustível, segundo avançou esta segunda-feira o Jornal de Notícias. A não renovação do contrato de fornecimento com a Galp levou já os comandantes de várias divisões policiais do país a proibir o abastecimento das viaturas.
Segundo fonte citada pelo jornal, há restrições para os carros patrulha, que têm privilegiado a ida a ocorrências em curso ao invés do patrulhamento normal. “Questões burocráticas impediram a renovação do contrato no seu término, que foi o final do ano” de 2021, revelou uma fonte da Direcção Geral da PSP, pelo que os abastecimentos foram proibidos.
No entanto, houve comandantes de algumas divisões policiais que foram um pouco mais longe nas recomendações e, além de proibirem os abastecimentos, aconselharam os agentes a efectuarem o mínimo possível de deslocações e a informarem quando uma viatura parar por falta de combustível.
Em causa está o facto de não ter havido ainda “visto do Tribunal de Contas (TdC)”. Só depois desse visto será possível revalidar o acesso ao combustível em 2022. Os três processos relativos ao contrato com a Galp foram enviados pela Secretaria – Geral do Ministério da Administração Interna, não tendo demorado muito a sua análise — o tribunal informou quase de imediato que precisava de mais esclarecimentos, que ainda não foram dados. “O Tribunal de Contas recebeu um processo no dia 7 de Dezembro e dois processos no dia 15 de Dezembro para fiscalização prévia, tendo solicitado esclarecimentos necessários para a sua análise, cuja resposta se aguarda”, revelou ao jornal Observador fonte oficial do TdC.
Para contornar este problema, a PSP decidiu atestar os carros em Dezembro, antes do término do anterior contrato. As indicações agora são claras: com os carros atestados, é preciso cumprir todas as chamadas, mas economizar no número de quilómetros “entre deslocações necessárias”.
Redacção com JN, Observador e Multinews