A directora geral da saúde, Graça Freitas, foi obrigada pelo Serviço de Informações de Segurança (SIS), a ter segurança pessoal durante mais e um ano, em virtude da pandemia de covid-19, avançou a CNN Portugal.
Segundo o mesmo canal televisivo, a decisão teve por base uma avaliação dos riscos de ameaça, que justificaram a presença permanente de um elemento do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, perto de Graça Freitas.
A responsável da DGS contou com este segurança desde o Verão de 2020 e até Setembro de 2021, altura em que a situação pandémica acalmou e os serviços secretos reavaliaram o grau de risco, dispensando esta ferramenta.
Um dos exemplos deste clima de insegurança fez-sentir quando a DGS aprovou a vacinação das crianças entre os 5 aos 11, tendo surgido graffiti em paredes junto ao organismo, a acusar Graça Freitas de ser “assassina” e de ter ligações com as farmacêuticas que produzem as vacinas.
Para além disso, fonte citada pela CNN Portugal disse também que nessa altura foram escritas frases nas janelas da DGS, que foram, entretanto, apagadas.
Sem querer comentar este caso em concreto, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro, admite à estação que “o estudo das ameaças é continuamente acompanhado pelas Forças de Segurança e Serviços de Informação”, com a possibilidade de o nível de alerta ser alterado a qualquer momento.
No caso de “funcionários que representam altos cargos públicos”, como acontece com a directora geral da saúde, “e que, por via dessa exposição possam ser alvo de acções antagonísticas, também relevam para a avaliação quaisquer ameaças credíveis que, não colocando em grave risco a vida ou integridade física do visado, possam ainda assim impactar ou constranger o livre exercício dos respectivos cargos”, explica.