André Ventura desafiou, esta sexta-feira, PSD, CDS e IL a dizerem se aceitariam uma “auditoria completa às despesas e aos gastos políticos” da governação do PS caso houvesse uma maioria de direita no Parlamento.
O líder do Chega, que falava num almoço-comício que reuniu cerca de quatro dezenas de pessoas em Viana do Castelo, referia-se à notícia que dava conta que a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) detectou 3,1 mil milhões de euros em subvenções pagas sem controlo.
“Se o Chega for a terceira força política e conseguir formar uma maioria de direita, a primeira e mais urgente tarefa é uma auditoria completa às despesas e aos gastos políticos e gastos com sistema político administrativos que o PS teve em seis anos de governação”, anunciou.
Acompanhado pelo cabeça-de-lista pelo Alto Minho, Manuel Moreira, lançou de seguida o desafio ao PSD, CDS e Iniciativa Liberal: “Desafio outros partidos à direita a pronunciarem-se se aceitam ou não que, com uma maioria de direita no Parlamento, a primeira coisa que seja para fazer é ver quanto é que este governo socialista gastou em despesas públicas indevidas, em dinheiro abusivamente pago, subvenções vitalícias e mal pagas.”
Entre os desafios e as críticas que marcaram o discurso, Ventura colou o PSD ao PS e procurou contrariar o voto útil ao dizer que “a alternativa não é o PSD”, mas sim o Chega.
O líder do Chega insistiu na promessa do fim das portagens, nas pensões que têm de aumentar (e que o Chega quer igualar a um salário mínimo) e o preço dos combustíveis (“temos a quinta gasolina mais cara da Europa”). E trouxe culpados: aquele que tem sido o habitual alvo à direita (PSD) e outro, à esquerda (PS).
“António Costa e Rui Rio são iguais, todos criaram novos impostos sobre os combustíveis.” Em causa estava a taxa de carbono a que o Chega quer pôr fim. Apesar de dizer que “temos de salvar o meio ambiente e o planeta”, disse, citado pelo Observador.
“Estas ideias feitas de que combater as alterações climáticas e combater a pobreza energética é um discurso que fica muito bonito e que toda a gente gosta de ouvir, é o discurso da moda, das elites e das grandes cidades”, referiu, frisando que é um discurso que “não serve para ajudar ninguém”, apenas para “penalizar a classe média, os trabalhadores e os pensionistas”.
“Temos de salvar o meio ambiente e o planeta, mas não à custa de maiores sacrifícios à classe média”, insistia.
Para reduzir o preço do combustível, o Chega tem duas propostas, acabar com o adicional ao ISP e calcular o IVA “unicamente sob valor do combustível”.
Fernando Gualtieri (CP 7889) com Observador