Falando, esta segunda-feira, no final de uma arruada em Guimarães a cerca de três dezenas de militantes e simpatizantes, André Ventura centrou o seu discurso nas forças de segurança, afirmou que as polícias “têm medo de agir”.
“As nossas polícias têm de ter autoridade. Não podem continuar a ter medo de actuar perante bandidos ou perante qualquer situação de perigo. Hoje, os bandidos riem-se das polícias”, afirmou o presidente do Chegam, que se fazia acompanhar por Miguel Melo, cabeça-de-lista por Braga.
“[policias] Têm medo de agir”, frisou.
Depois de no domingo ter prometido uma pensão de 200 euros para os antigos combatentes, André Ventura voltou esta segunda-feira às promessas. Agora, compromete-se a assegurar um subsídio de risco de 300 euros, triplicando o actual valor já neste ano e para todas as forças de segurança em Portugal.
“É algo que vamos levar ao Parlamento já no primeiro semestre de 2022”, prometeu.
No final, quando já se preparava para entrar no seu Mercedes de vidros fumados, Ventura foi interpelado por um reformado, que lhe pediu para defender uma reforma digna.
“Trabalhei 48 anos e vou ter uma reforma de miséria”, disse o idoso de 63 anos.
À agência Lusa, o habitante de Guimarães criticou o facto de Ventura não ter falado de pensões (o político já abordou o assunto noutras ocasiões).
“Ouvi o discurso, mas não falou. Está aqui tanto reformado e nem uma palavra para nós, que estamos cada vez mais no fundo”, criticou, citado pela Lusa.
“Falou de bandidos, mas não falou das reformas”, desabafou outro reformado.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)