Areia de Carvalho, candidato do CDS-PP à Assembleia da República pelo círculo de Braga, defendeu, esta quarta-feira, que “o próximo Governo investa a sério, seja no metro de superfície, no comboio ou no BRT [autocarro de trânsito rápido]” no distrito.
“Se em Lisboa e no Porto tem havido investimento a sério em soluções de mobilidade, no distrito de Braga também tem que haver”, argumentou após a “experiência”.
“As cidades de Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos, que são as quatro maiores cidades do distrito, não têm ligação entre si por transportes públicos intermunicipais, o que faz de Braga um distrito sem mobilidade”, afirma disse Areia de Carvalho.
Com a viagem, o candidato do CDS-PP quis chamar a atenção para “um problema que já conhecia”; as quatro maiores cidades do distrito, que “já fazem parcerias no âmbito da programação cultural, não estão efectivamente ligadas por uma solução integrada de transportes”.
“Não há qualquer solução integrada e intermunicipal entre, pelo menos, as cidades do chamado Quadrilátero Urbano do distrito de Braga. A falta de transportes e de mobilidade no distrito afecta uma população de 600 mil pessoas e constitui um entrave ao desenvolvimento e à qualidade de vida das populações, com consequências na habitação, no emprego e, até, no ensino”, considera.
Preconizando uma “solução urgente” para este problema, o candidato do CDS-PP defende que se impõe a intervenção do Governo.
“Cada município por si não pode resolver este impasse, porque as competências municipais estão limitadas a cada concelho. Portanto, terá mesmo de ser o poder central a resolver isto através de investimento público a sério, porque estamos a falar da terceira grande zona urbana do país, a seguir a Lisboa e Porto”, disse.
O centrista falava no final de uma viagem de comboio entre Braga e Barcelos, que “demorou um total de 57 minutos entre as duas cidades, “tendo passado 27 minutos dentro de dois comboios e 30 minutos à espera de ligação na estação de Nine”, no concelho de Famalicão.
Areia de Carvalho saiu de Braga às o9h04 e chegou a Nine, no concelho de Vila Nova de Famalicão, às 09h22. Ali, onde os comboios seguem para o Porto ou para a Galiza, esperou meia hora pela ligação a Barcelos, cuja viagem demorou apenas 9 minutos.
“Ou seja, os comboios cumprem horários. O problema é que não ligam as cidades do distrito”, concluiu.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)