A Câmara de Ponte de Lima reagiu esta quinta-feira à exclusão da zona de Arga do concurso público para a prospecção de lítio, considerando ser a “decisão esperada” por vir ao encontro da “tomada de posição” da autarquia.
Vasco Ferraz (CDS-PP), presidente da autarquia, adiantou ter estado “desde o primeiro momento ao lado da população”, por entender que a prospecção de lítio na Serra d’Arga “seria atentatória da qualidade de vida e do bem-estar das populações, e totalmente incompatível com a estratégia definida” para aquele território.
A Câmara de Ponte de Lima destacou ainda que um projeto daquela natureza “colocaria em causa avultados investimentos públicos e privados, de âmbito material e imaterial, já realizados e outros previstos” para a Serra d’Arga.
A Serra d’Arga abrange uma área de 10 mil hectares, dos quais 4.280 hectares encontram-se classificados como Sítio de Importância Comunitária
Na quarta-feira, o Ministério do Ambiente e Acção Climática (MAAC) informou da exclusão da zona de Arga do concurso público para a pesquisa e prospecção de lítio.
O processo de classificação da Serra d’Arga como Área de Paisagem Protegida de Interesse Regional foi iniciado em 2017, pelos municípios de Caminha, Ponte de Lima, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, na sequência de estudo realizado no âmbito do projeto “Da Serra d’Arga à Foz do Âncora” apoiado por fundos do Norte 2020.
O desenvolvimento da classificação aguarda a constituição da Associação de Municípios da Serra d’Arga que junta os municípios de Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (PS).