“Precisamos de menos Estado e mais economia privada, aquela que capitaliza, que acrescenta riqueza, que cria emprego economicamente sustentável e não dependente de uma máquina gigantesca e ineficiente como é a função pública portuguesa”. É deste modo que Ramiro Brito, o CEO do Grupo Érre, sediado em Braga e com actuação em várias áreas de negócio como tecnologia e ambiente, avança com a sua preocupação sobre a aplicação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a ‘bazuca’.
“Se pensarmos de forma mais focada na questão da execução do PRR, adiada para o primeiro trimestre deste ano, podemos entender que existem dois factores essenciais para que a conjuntura política tenha um papel tão determinante na execução de um plano que poderia e deveria ser de enorme importância para as empresas portuguesas, a saber, o facto de objectivamente o Estado ter aproveitado o PRR para capitalizar e fazer investimento público e, por outro, o facto de os mecanismos de aplicação dos fundos estar embrenhado na máquina avassaladora que é o próprio Estado”, afirma Ramiro Brito em comunicado à imprensa.
Ressalvando a necessidade de “não intervenção do Estado na economia como se de um agente económico se tratasse”, o empresário reflecte sobre a capacidade do privado na gestão dos fundos.
“Entendermos e assumirmos a evidência de que o privado gere melhor é um passo estrutural. Precisamos que os mecanismos que nos são disponibilizados, como o PRR, sejam utilizados para criar músculo económico, dotar o tecido empresarial de maior competitividade e não para pagar dívida, gerar clientelismo estatal ou maquilhar os resultados económicos da actividade do Estado”, reitera Ramiro Brito, o CEO do grupo de empresas bracarense.
Legenda: Ramiro Brito, CEO do Grupo Érre