Duas dezenas de crianças do pré-escolar do Externato Paulo VI, de Braga, participaram no despiste da ambliopia através do projeto Pimpolho. O colégio quando apresentou este projeto aos pais teve uma excelente recetividade já que esta iniciativa está ligada à saúde dos seus filhos e é totalmente gratuita.
O Projeto Pimpolho pretende despistar a ambliopia a todas as crianças de Braga, que frequentam estabelecimentos de ensino público ou privado, com idades compreendidas entre os 3 e 4 anos – idade em que esta patologia pode ser revertida. Com este projeto as entidades promotoras pretendem fomentar o despiste da ambliopia, uma patologia que pode, se não for tratada, afetar para sempre a saúde e qualidade de vida da criança. A avaliação oftalmológica é desenvolvida por um médico oftalmologista e um técnico ortoptista nas instalações do Serviço de Oftalmologia do hospital de Braga.
‘Olho preguiçoso’
A ambliopia é uma doença exclusiva da infância e apenas tratável nesta faixa etária. O sucesso do tratamento da ambliopia pode atingir quase 100%. O não tratamento na idade pediátrica acarreta cegueira, baixa visão, ou visão subnormal, não passível de ser corrigida para o resto da vida, isto é, mesmo com posteriores cirurgias, correção ótica ou outros tratamentos, essa criança ficará para sempre sem visão normal.
O trabalho de rastreio realizado no último ano no Hospital de Braga revelou que uma em cada 30 crianças tem ambliopia moderada a grave. A ambliopia, também conhecida por “olho preguiçoso”, consiste na diminuição da acuidade visual de um ou de ambos os olhos. As principais causas desta patologia são erros refrativos e os estrabismos. E o único sintoma é a diminuição da visão, mas como as crianças pouco se queixam sobre isso, o melhor é estar atento aos sinais de má visão.