A Casa Branca pede aos cidadãos norte-americanos que estejam na Ucrânia que saiam do país “nas próximas 24 a 48 horas”. Já o Governo britânico quer que os seus cidadãos deixem aquele país “agora”.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a aconselhar os seus cidadãos na Ucrânia a deixarem o país, lembrando que um possível conflito entre as forças norte-americanas e russas será uma “guerra mundial”.
Por sua vez, o Governo do Reino Unido apelou esta sexta-feira aos cidadãos britânicos na Ucrânia para que deixem este país o mais rápido possível, enquanto estão disponíveis transportes comerciais, perante crescentes tensões entre Rússia e Ucrânia.
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido actualizou os dados na sua página sobre conselhos de viagem, alertando contra qualquer deslocação para a Ucrânia e enfatizando que os britânicos devem deixar o país “agora”.
O ministério britânico detalhou ainda que a Embaixada britânica na Ucrânia continua aberta, embora tenha suspendido a assistência consular presencial.
O chefe do Governo britânico, Boris Johnson, participou esta sexta-feira num encontro para debater a situação na Ucrânia com líderes dos Estados Unidos, Itália, Polónia, Roménia, França, Alemanha, Conselho Europeu, Comissão Europeia e NATO.
A Rússia enviou mais de 100 mil soldados para as fronteiras da Ucrânia, onde conduz actualmente manobras, suscitando receios por parte do Ocidente de uma operação militar contra Kiev.
Moscovo, que já anexou a península da Crimeia em 2014, nega qualquer movimento agressivo em direcção à Ucrânia, mas condiciona qualquer desescalada a uma série de requisitos, incluindo a garantia de que Kiev nunca integrará a NATO, algo que o Ocidente considera inaceitável.
As várias rondas de conversações diplomáticas nos últimos dias não trouxeram progressos na resolução da crise, que o Ocidente descreve como uma das mais perigosas desde o fim da Guerra Fria, há três décadas.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A) com TSF