Ao contrário do que fez na tomada de posse do novo Arcebispo de Braga, o Presidente da República aprofundou esta segunda-feira à tarde a questão entre a Ucrânia e a Rússia. Marcelo Rebelo de Sousa considerou ser “importante para a Europa e para o mundo” a situação de escalada de tensão entre os dois países, e defendeu que esta só pode ser resolvida pela via diplomática.
O Presidente espera que a diplomacia vença o braço-de-ferro entre a Ucrânia e a Rússia e acredita que é possível travar um conflito armado. Falando aos jornalistas em Belém, onde recebeu o seu homólogo esloveno, o Chefe de Estado afirmou que “a solução é, tem de ser, deve ser, diplomática”.
“Tem de se dar espaço à diplomacia, e é pela via da diplomacia que deve avançar o enfrentar de uma situação que é uma situação importante para a Europa e para o mundo”, sublinhou.
No domingo, Marcelo preferiu não aprofundar o tema. Em Braga, depois de ter assistido à primeira missa de D. José Cordeiro, novo arcebispo daquela arquidiocese, o Presidente socorreu-se das palavras proferidas pelo prelado na cerimónia religiosa.
“Não me vou pronunciar nesta ocasião sobre essa matéria [conflito Rússia-Ucrânia], apenas dizer aquilo que aqui foi dito (…), como o diálogo é fundamental para a construção da paz, permanentemente, até ao último minuto ao longo da história. Foi esse o apelo feito aqui por D. José Cordeiro, é um apelo muito actual”, referiu.
Um dia antes, o chefe de Estado afirmou que a sua posição face à situação na Ucrânia é não se pronunciar em público sobre esta matéria, em qualquer momento, mesmo em Portugal.
Em declarações à comunicação social, em Paris, questionado sobre a notícia de que os Estados Unidos da América preveem que a Rússia inicie um ataque à Ucrânia dentro de dias, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Não me vou pronunciar sobre essa matéria”.
“É uma matéria em que eu tenho a posição que é não me pronunciar sobre ela, mesmo em Portugal. Porque são questões muito sensíveis. Vejam que não encontram chefes de Estado ou chefes de Governo a fazerem declarações públicas sobre essas matérias, fora de um quadro muito específico, que não é aquele que justifica que eu me pronuncie neste momento”, acrescentou nessa altura.
Redacção com TSF