O presidente da Distrital de Braga do PSD, José Manuel Fernandes, disse este sábado, em Barcelos, que apoia Pedro Passos Coelho para presidente do partido e futuro chefe de governo, porque “tem provas dadas e porque estes últimos meses de governação demonstram que o desastre está a regressar a Portugal.
“Mas apoiámo-lo sobretudo porque dentre todos os portugueses é o melhor para governar Portugal. E mais uma vez fazemos jus e reforçamos o lema de Sá Carneiro: primeiro está Portugal, depois está o partido e a social-democracia.
O dirigente distrital falava no auditório do IPCA, Instituto Politécnico do Cávado e Ave, perante uma plateia de 300 militantes e simpatizantes do PSD, que quiseram ouvir e contactar com Pedro Passos Coelho.
Para José Manuel Fernandes, os militantes apoiam Pedro Passos Coelho, “também a pensar em Portugal, na esperança e na manutenção da credibilidade, a pensar que aqueles que governaram, e bem, em tempos difíceis, são muito mais capazes de governar em tempos mais fáceis”.
E prosseguindo, afirmou . “E oxalá que o PS não consiga destruir o país, como fizeram antes, e que a nossa herança não volte a ser tão pesada como foi a de 2011”. Por isso – reforçou – “não temos dúvidas em apoiar Pedro Passos Coelho para presidente do PSD e esperando que chegue depressa um governo social-democrata por ele liderado”.
Frisou que o PSD é um partido que sempre apostou e acreditou nas pessoas, por contraponto com a prática os socialistas em Portugal, agora acompanhados pela extrema-esquerda radical, que não acreditam nem no indivíduo, nem nas empresas nem nas instituições e querem que todos sejam dependentes do Estado”.
“Eles têm a mesma filosofia em toda a UE! Como se resolve um problema? Põe-se dinheiro em cima. E há também o facilitismo: a dívida? Alguém a há-de pagar!”, acentuou.
Passos Coelho “preocupado”
No périplo que fez pelo distrito, com visitas a Cabeceiras de Basto e à Póvoa de Lanhoso, o ex-primeiro-ministro afirmou-se “preocupado” com o futuro do setor solidário que – lamentou – atualmente é encarado pelo Governo como algo “complementar”.
Passos acusou, ainda, o Governo de querer “gastar dinheiro” em equipamentos “concorrentes” aos das instituições sociais.
“Estou preocupado com o futuro deste setor solidário porque os partidos que apoiam o Governo dizem declaradamente que o Estado só deve usar estas instituições de uma forma subsidiária ou complementar, o que significa que se prepara para gastar mais dinheiro investindo na criação de equipamentos que façam concorrência a equipamentos que já existem”, declarou, na Póvoa de Lanhoso, no final de uma manhã dedicada a visitar instituições sociais e que inclui um almoço com dirigentes das IPSS’s do distrito.
Passos afirmou ainda que o Partido Socialista tem uma postura “arrogante”, acusando-o de querer “condicionar” o apoio às instituições de solidariedade conforme a “obediência” de quem as dirige.
Alertou ainda para a possibilidade de a mudança de “orientação” do atual Governo quanto ao setor social poder vir a criar desemprego explicando que “há precedentes” disso, nomeadamente no apoio à rede pré-escolar.
Luís Moreira (CP 8078)